A visualidade possível
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7414 |
Resumo: | As questões aqui tratadas surgiram a patir de uma série de trabalhos artísticos por mim desenvolvidos onde revelo a ambigüidade de imagens e situações cotidianas através de uma fronteira que chamo Espaço intermediário, área de atuação que se moveria entre e através dos limites que estipulam cada campo de pensamento e ação. A visualidade é o elemento que faz possível a percepção da existência da obra e do espaço e o dado conceitual presente se revela a partir da imagem, nunca impedindo o contato físico/sensível do espectador com as obras, o que é de fato, a sua site especificidade. Na elaboração de um aprofundamento teórico fundamental para a fluidez desse meu processo criativo, analiso abordagens divergentes na consideração do acesso à arte. Somando especulações de Arthur Danto de que, com o fim de determinada História da Arte Ocidental em meados do século XX, se desenvolve um procedimento artístico que desloca o ponto de contato com a arte, da esfera sensível, para a pura teoria (especificamente a filosofia) com a opinião de Hans Belting sobre a condição supostamente espiritual de produção das imagens anteriores à chamada Era da Arte no Ocidente, proponho imaginar uma possível relação de continuidade entre aquele período (especificamente o medieval) e a postura de abordagem intelectual adotada em nossos dias no projeto de transcrição para o público de uma produção artística que, física e aparentemente, não se diferencia dos objetos e situações cotidianas. Nesse sentido avalio junto a Pierre Francastel as implicações históricas que legitimaram pensar a tradução da arte em linguagem verbal, ignorando que o pensamento artístico é igualmente autônomo e tem por instrumento a imagem em contraponto a toda supremacia histórica da palavra. Em seguida, relaciono as possíveis significações de representação para identificar quais as estratégia adotadas por essa arte dita indiscernível para se fazer visível. Como contraponto, fundamento uma defesa do sensível em reflexões de Didi-Huberman e exemplificações de Merleau-Ponty que recuperam a noção de uma reação dialética entre os personagens que atuam no processo artístico, reavaliando as concepções de artista, espectador e obra, sugerindo por fim, uma espécie de convívio em que elemento imagéticos e conceituais hibridamente se interpenetrem |