Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Campos, Luana Moura
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Orientador(a): |
Gomes, Nadirlene Pereira
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Banca de defesa: |
Silva, Andrey Ferreira da
,
Sousa, Anderson Reis de
,
Gomes, Nadirlene Pereira
,
Costa, Dália Maria de Sousa Gonçalves da
,
Santos, José Luís Guedes dos
,
Paixão, Gilvânia Patrícia do Nascimento,
Bispo, Tania Christiane Ferreira |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
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Departamento: |
Escola de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38543
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Resumo: |
O estudo possui o objetivo de compreender a sexualidade experienciada por mulheres com história de violência conjugal. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, norteada pelo referencial teórico de gênero e patriarcado de Kate Millett e metodológico da Grounded Theory, especificamente a vertente Straussiana. Seguindo os pressupostos da Amostragem Teórica, o primeiro grupo amostral foi composto por 17 mulheres assistidas pela Operação Ronda Maria da Penha da Bahia e segundo grupo por 10 profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família, sendo realizadas entrevistas semiestruturadas com ambos. Os dados foram organizados com o auxílio do software NVIVO10, momento em que foram analisados e se aplicou a codificação aberta, axial e integração. Vale salientar que a compreensão da sexualidade das mulheres estudadas foi elucidada a partir do fenômeno que emergiu da aplicação das etapas do Modelo Paradigmático, cujos elementos são ação-interação, condição e consequência. A pesquisa respeitou os aspectos éticos contidos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Sobre os resultados, apontou-se para o fenômeno “Construindo a sexualidade feminina por meio de pressupostos da cultura machista com repercussões para a vida e saúde”. Este emergiu da análise e integração dos dados que compuseram as seguintes categorias: (Não) se masturbando; (Não) experienciando relações sexuais satisfatórias, que correspondem a ação-interação; (Não) aprendendo sobre a sexualidade; Acreditando ser responsabilidade da mulher satisfazer o homem sexualmente; Rememorando o abuso sexual experienciado, resultante da Condição e Experienciando repercussões na saúde e Experienciando repercussões na relação, as quais revelam as Consequências. Nesse sentido, o estudo aponta que a sexualidade experienciada pelas mulheres com história de violência conjugal perpassa pelo processo de ação-interação com o seu corpo e com o do outro, o que aponta para a (im)possibilidade de se masturbar, por gatilhos de memória referentes a abusos sexuais vividos e por limitações no exercício das relações sexuais. Essas experiências relacionam-se com a fragilidade da educação sexual, pautada em um modelo machista e patriarcal, que orienta as mulheres para o dever de atender os impulsos sexuais masculinos, o que também culmina em impactos para saúde e relações dessas mulheres. |