Medicamentos antirreabsortivos: perfil técnico-científico dos cirurgiões-dentistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rocha, Flávia Godinho Costa Wanderley lattes
Orientador(a): Araújo, Roberto Paulo Correia de lattes
Banca de defesa: Araújo, Roberto Paulo Correia de lattes, Silva, Daniela Nascimento lattes, Mello, Sandra Maria Ferraz lattes, Fernandes, Atson Carlos de Souza lattes, Araújo, Danilo Barral de lattes, Aguiar, Márcio Cajazeira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38873
Resumo: Introdução – Os fármacos antirreabsortivos são medicações frequentemente utilizadas no tratamento de desordens ósseas e de neoplasias malignas metastásicas. No entanto, o uso crônico desses medicamentos pode resultar em osteonecrose dos maxilares. Dentre esses medicamentos da classe antirreabsortiva, têm se destacado os bisfosfonatos e os denosumabes. Objetivo – Verificar o nível de informações técnico-científicas dos cirurgiões-dentistas que exercem suas atividades profissionais no estado da Bahia (Brasil) sobre medicamentos antirreabsortivos e procedimentos farmacológicos indicados visando à prevenção da osteonecrose dos maxilares e o tratamento das sequelas medicamentosas que possam ocorrer, considerando o tempo de formado em Odontologia e a titulação acadêmica destes profissionais. Metodologia – Trata-se de um estudo transversal quantitativo. Nele, foram consultados 339 dentistas por meio de um questionário virtual com tópicos de caráter pessoal e profissional, elementos contidos na anamnese realizada e o conhecimento acerca dos fármacos antirreabsortivos, incluindo indicações, efeitos adversos e tratamentos empregados. Foram realizados os testes de qui-quadrado e exato de Fisher para analisar as associações dos dados descritos por frequências absoluta e relativa com o tempo de formado dos profissionais. Todas as análises foram feitas no programa R, com nível de significância de 5%. Resultados – Entre os 339 participantes da pesquisa, a maioria era do sexo feminino (76,4%), com faixa etária de 31-35 anos (25,1%). Ademais, uma grande parte dos profissionais tinha graduação em odontologia obtida na categoria Universidade (49,0%), no estado da Bahia (80,5%). Em relação às variáveis relacionadas ao desempenho profissional, aqueles que possuíam maior titulação, foram os que demonstraram conhecimento máximo dos fármacos antirreabsortivos ou revelaram que, de alguma forma, tinham informações sobre os mesmos (p<0,05). Conclusão – Os cirurgiões-dentistas do Brasil que têm mais de cinco anos de graduação e maior titulação acadêmica possuem mais informações científicas sobre os medicamentos antirreabsortivos e procedimentos farmacológicos, o que pode contribuir positivamente para a prevenção da osteonecrose dos maxilares e o tratamento das sequelas medicamentosas que possam ocorrer. Adicionalmente, este atual trabalho alerta para a necessidade de evidenciar mais nos cursos de graduação em odontologia os assuntos referentes aos fármacos antirreabsortivos, pois se necessita de profissionais com competências para evitar e ou interromper as graves sequelas que possam ocorrer nos maxilares dos indivíduos que utilizam esses medicamentos.