Aqui tem murundu, marianga, murici, capanema, areal e água limpa: uma análise de topônimos do Recôncavo Baiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santana, Lana Cristina
Orientador(a): Paim, Marcela Moura Torres
Banca de defesa: Abdade, Celina Márcia de Souza, Queiroz, Rita de Cassia, Ribeiro, Silvana Soares Costa, Santos, Antonia Vieira dos Santos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29359
Resumo: Esta tese apresenta os resultados da pesquisa toponímica realizada na área geográfica do Recôncavo baiano. A Toponímia é uma disciplina vinculada à Onomástica, uma vertente da Lexicologia, seu objeto de estudo são os nomes próprios de lugar, os quais são entendidos à luz dos conceitos toponímicos como nomes capazes de revelar traços da cultura e das vivências do homem, enquanto sua trajetória na sociedade a qual faz parte. O corpus desta tese foi composto por 886 topônimos que denominam os povoados do Território de Identidade do Recôncavo baiano (SEI, 2013), esses dados foram analisados a partir da metodologia proposta pela toponimista Dick (1990a, 1990b), com as seguintes etapas: coleta dos topônimos em mapas do IBGE; análise etimológica dos nomes, a fim de identificar o estrato linguístico ao qual o nome pertence; classificação dos topônimos em taxionomias que revelam sua motivação semântica e catalogação dos dados em fichas lexicográfico-toponímicas e mapeamento cartográfico das cinco taxionomias mais produtivas pertencentes à natureza semântica física. Ao final do tratamento de informações, foram constatados os seguintes resultados: 383 topônimos encaixam-se nas taxionomias que correspondem à natureza semântica antropocultural e 503 estão vinculados às taxionomias que expressam uma natureza semântica física; da totalidade, 507 são de origem linguística portuguesa, 159 de origem indígena, 47 de origem africana, 100 possuem formação híbrida e 34 são de origem controversa; quanto à formaçã lexical verificou-se que 488 foram formados pelo processo de composição, 268 possuem formação simples e 130 são formados pelo process de derivação. A base teórica está centrada na Toponímia, Lexicologia, Dialetologia e Sociolinguística. Entre os principais autores utilizados estão Aguilera (1999, 2006), Barickman (2003), Basílio (1987, 2004a, 2004b), Biderman (1978, 2001a, 2001b), Bonvini (2014a, 2014b), Cardoso (2010), Dick (1990a, 199b, 1996, 2001, 2007), Dietrich (2015), Guiraud (1980), Isquerdo (1996), Labov ([1972] 1983), Lucchesi (2012), Lucchesi e Baxter (2006, 2009), Mattos e Silva (2006), Peirce (1975), Petter (2010, 2015), Sampaio ([1901] 1987) e Saussure ([1916] 1969).