Proteção à linha de costa por recifes de coral do Arquipélago de Tinharé-Boipeba, Baixo Sul da Bahia, frente a mudanças climáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Elliff, Carla Isobel
Orientador(a): Silva, Iracema Reimão
Banca de defesa: Guimarães, Júnia Kacenelenbogen, Pereira, Janini, Souza Filho, José Rodrigues, Meireles, Ricardo Piazza
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: em Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32328
Resumo: A proteção à linha de costa é um dos serviços ecossistêmicos mais relevantes fornecidos por recifes de coral. No entanto, o conhecimento sobre esse processo ainda se encontra fragmentado na literatura atual, com lacunas importantes para compreender como se dá o fornecimento desse serviço por esses ecossistemas diante de cenários de mudanças climáticas. O objetivo geral do presente projeto foi fornecer cenários de mudanças no nível de proteção à linha de costa pelos recifes de coral do Arquipélago de Tinharé- Boipeba, BA, baseado em projeções de subida do nível do mar dentro do contexto das mudanças climáticas. Modelagens de dinâmica costeira atual foram realizadas usando o conjunto de ferramentas computacionais fornecido pelo sistema de modelagem costeira SMC-Brasil. Os recifes de coral em franja demonstraram alta eficiência em atenuar a energia das ondas incidentes mesmo em condições energéticas durante a maré altano cenário atual. O SMC-Brasil também foi utilizado para modelar taxas de subida do nível do mar para os anos-horizonte de 2070 e 2100. Estes valores ficaram em 6 mm/ano no cenário mais conservador e 8 mm/ano para o cenário mais pessimista. Estas taxas foram aplicadas ao modelo de vulnerabilidade costeira a erosão e inundação do software Integrated Valuation of Ecosystem Services and Tradeoffs (InVEST) em cenários com e sem recifes de coral, de modo a avaliar qualitativamente a contribuição desse ecossistema. O arquipélago foi classificado como tendo vulnerabilidade intermediária atualmente, com diversas áreas de importância socioeconômica se tornando altamente vulneráveis caso os recifes de coral não forneçam mais o serviço de proteção. Estratégias de gestão costeira devem buscar aumentar a resiliência dos recifes através da redução dos imp para permitir tomadas de decisão baseadas em evidências. Por fim, sugere-se que protocolos de avaliação internacionais de recifes de coral devam incluir informações geomorfológicas além de dados biológicos.