A educação da pessoa com deficiência visual na Bahia: marcos históricos (1960-1998)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Miralva dos Santos lattes
Orientador(a): Miranda, Theresinha Guimarães lattes
Banca de defesa: Miranda, Theresinha Guimarães lattes, Caiado, Kátia Regina Moreno lattes, Galvão, Nelma de Cássia Sandes lattes, Lima, Solyane Silveira lattes, Uzêda, Sheila de Quadros lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36089
Resumo: O presente estudo objetivou conhecer a história educacional da pessoa com deficiência visual na Bahia, através das notícias veiculadas pelo jornal A Tarde, no período de (1960 – 1998). O caminho metodológico do trabalho tem sua base alicerçada na abordagem qualitativa e, como método, a pesquisa documental na perspectiva da história cultural, através das premissas história e memória. Como procedimento metodológico de tratamento dos dados foi utilizado a análise de conteúdo, pela possibilidade de auxiliar na interpretação das notícias jornalísticas. Para tanto, foram selecionadas notícias, através da plataforma digital disponibilizada pela Fundação Pedro Calmon em parceria com o jornal A Tarde. As notícias foram analisadas a partir das seguintes categorias: ações de formação profissional e de reabilitação para o trabalho; ações filantrópicas; ações governamentais e ações de empoderamento da pessoa com deficiência visual. Os resultados das análises apontaram que a Campanha Nacional de Educação de Cegos fomentou a educação da pessoa com deficiência visual na Bahia, numa perspectiva de reabilitação para integração no mercado de trabalho, em parceria com o Instituto de Cegos da Bahia, nas décadas de 1960 e 1970. Já a Legião Brasileira de Assistência, como política assistencialista do Ministério da Educação, foi a principal financiadora do Instituto de Cegos da Bahia, nas décadas de 1980-1990, através da oferta de atendimento médico-clínico, que pautou o trabalho educacional do paradigma da integração. De forma emancipadora, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia foi a responsável pelas primeiras iniciativas do setor público na educação da pessoa com deficiência visual, através da criação da Gerência de Educação Especial, inauguração de centros educacionais e oferta de cursos no âmbito da formação docente. Ademais, foi possível identificar o empoderamento da pessoa com deficiência visual, à medida que passaram a reivindicar direitos relacionados a inserção social, sem a intermediação de instituições filantrópicas, sendo um campo profícuo para a realização de pesquisas que abordem a história dos movimentos sociais de pessoas com deficiência na Bahia.