O novo cenário institucional do saneamento no Brasil e sua repercussão no Estado da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Aline Bitencourt da lattes
Orientador(a): Garrido, Raymundo José Santos lattes
Banca de defesa: Garrido, Raymundo José Santos lattes, Mata, Henrique Tomé da Costa lattes, Amorim, Inara Rosa de lattes, Wanderley, Lívio Andrade lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGECO) 
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37317
Resumo: O Saneamento é um setor das Políticas Públicas que contribui de modo decisivo para prevenir o ser humano em relação a diversos tipos de enfermidades, além de integrar as ações voltadas para a preservação ambiental. Contudo, a falta de saneamento no país trás sérios riscos à população, principalmente às mais vulneráveis, demandando dos Governos Central e Estaduais grandes volumes de investimentos no setor. Ao ser estruturado sob a forma de um federalismo composto de um Governo central (União Federal) e dois subgovernos (estados e municípios), o Governo Brasileiro tem suas competências descentralizadas entre seus entes a fim de conferir eficiência à prática das Políticas Públicas. No campo do abastecimento de água e esgotamento sanitário, cabe aos municípios atender às necessidades locais diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, enquanto aos estados cabe a gestão e a regulação dos serviços. Ao longo das décadas, o contexto histórico e social do saneamento no Brasil apresenta períodos de dificuldades de acesso aos recursos e serviços, bem como períodos evolutivos, principalmente a partir da década de 1970 com a elaboração e funcionamento do Plano Nacional de Saneamento (PLANASA - 1971 a 1986), experimentando, novamente, escassez de recursos públicos a partir da década de 1980. O tema do saneamento básico entrou fortemente na Constituição de 1988, onde foi reforçado o dever e as competências dos entes federados na promoção da universalização do acesso aos serviços em todo o país. Contudo, somente em 2020, numa nova tentativa de atender à universalização do acesso aos serviços do setor, foi promulgado o Novo Marco Legal do Saneamento, com novas perspectivas de metas e investimentos. Desta forma, entender o contexto histórico do saneamento no país e a nova ordem legal, em especial as repercussões de seus dispositivos no estado da Bahia, sobretudo do ponto de vista do investimento, é fundamental para avaliar as perspectivas para que a universalização seja alcançada conforme as metas estabelecidas. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar a capacidade do novo marco regulatório para enfrentar os desafios da universalização do acesso aos serviços de saneamento no prazo estabelecido que se estende até 2033. Para proceder a esta análise, foi levantado e examinado um conjunto de informações contidas em artigos técnicos, em jornais e revistas especializadas, bem como dispositivos legais e livros voltados ao setor de Saneamento. Por fim, avaliou-se que o caminho para atingir as metas pretendidas é longo, mas as condições presentes na nova legislação são necessárias para atrair investidores privados, um dos principais entraves ao avanço do Saneamento no Brasil.