Delimitação morfológica e taxonomia do gênero Parasmittina Osburn, 1952 (Bryozoa: Cheilostomatida) no Atlântico Sul Ocidental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Jamile Farias lattes
Orientador(a): Almeida, Ana Carolina Sousa de, Vieira, Leandro Manzoni
Banca de defesa: Almeida, Ana Carolina Sousa de, Cavalcanti, Fernanda Fernandes, Kawauchi, Gisele Yukimi
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Evolução (antigo Programa de Pós Graduação em Diversidade Animal-PPGDA) 
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40950
Resumo: Briozoários são invertebrados aquáticos, predominantemente marinhos, suspensívoros, sésseis e coloniais. Cheilostomatida Busk, 1852 constitui o grupo com maior sucesso evolutivo com mais da metade das 8.000 espécies conhecidas. Nesta, a família Smittinidae Levinsen, 1909 é considerada a mais diversa, com mais de 300 espécies amplamente relatadas em todos os mares e oceanos, colonizando substratos naturais e artificiais e com representantes relacionados com eventos de bioinvasão. Entre os gêneros de Smittinidae, Parasmittina Osburn, 1952 é o mais diverso, com 129 espécies descritas. No Atlântico, 30 espécies são conhecidas e 11 dessas ocorrem no Atlântico Sul Ocidental. A maioria das espécies nunca foi revisada com base em técnicas atuais para taxonomia de briozoários marinhos e muitos registros foram atribuídos a complexos de espécies. Assim, o objetivo desse trabalho foi caracterizar morfologicamente os briozoários de Parasmittina do Atlântico Sul Ocidental, incluindo áreas portuárias do Brasil, definir o status nativo/criptogênico/exótico de cada espécie; reavaliar os caracteres morfológicos tradicionais utilizados para taxonomia do gênero e, por fim, apresentar uma chave de identificação das espécies de Parasmittina do Atlântico. Onze espécies são descritas, incluindo uma da Argentina (P. dubitata Hayward, 1980), quatro previamente conhecidas para o Brasil (P. abrolhosensis Ramalho, Taylor, Moraes, Moura, Amado-Filho & Bastos, 2018, P. alba Ramalho, Muricy & Taylor, 2011, P. distincta Ramalho, Taylor, Moraes, Moura, Amado–Filho & Bastos, 2018, P. ligulata (Ridley, 1881), P. simpulata Winston, Vieira & Woollacott, 2014), cinco originalmente descritas para o Indo-Pacífico (P. bimucronata (Hincks, 1884), P. longirostrata Liu in Liu, Yin & Ma, 2001, P. pinctatae Liu in Liu, Yin & Ma, 2001, P. serrula Soule & Soule, 1973 and P. winstonae Liu in Liu, Yin & Ma, 2001), e uma nova espécie. Ao menos três espécies foram atribuídas a complexos de espécies que ainda precisam ser estudados (P. alba, P. distincta and P. simpulata), duas são consideradas como exóticas (P. longirostrata and P. serrula) e três como criptogênicas (P. bimucronata, P. pinctatae and P. winstonae) para o Atlântico Sul Ocidental. Considerações taxonômicas e caracterizações de outras espécies de Parasmittina também são apresentadas.