Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Galvão, Ayla Arapiraca |
Orientador(a): |
Marsico, Giuseppina |
Banca de defesa: |
Dazzani, Maria Virgínia Machado,
Santos, José Eduardo Ferreira,
Marsico, Giuseppina |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Psicologia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34635
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Resumo: |
Os jovens da periferia são considerados em discursos naturalizantes como grupo homogêneo, que não pensa no futuro e está destinado ao cumprimento de um vaticínio, que envolve a criminalidade ou a subalternidade. Este trabalho questiona tal premissa, partindo de uma leitura de juventude como categoria heterogênea e de uma perspectiva que considera que a experiência humana segue a lógica da irreversibilidade do tempo e, portanto, é orientada para o futuro. Com base nisso, esta pesquisa teve como objetivo compreender as vivências de tempo e espaço dos jovens da periferia implicadas na construção de seus projetos de vida. Privilegiou-se a análise dos processos de significação das vivências pelos jovens e dos mecanismos de estabelecimento e atravessamento de fronteiras (sociais, geográficas, simbólicas). A pesquisa foi desenvolvida com jovens de um projeto social de educação, que faziam parte de uma Organização Não-Governamental atuante em um bairro periférico da cidade de Salvador-Bahia. Para sua realização, optou-se por uma metodologia que possibilitasse a emergência dos significados de forma contextualizada no tempo e espaço dos participantes. Assim, foi desenvolvido um trabalho de orientação etnográfica, que utilizou como ferramentas metodológicas: entrevistas, photovoice e diário de campo. Participaram do estudo seis jovens, que tinham entre 14 e 16 anos de idade e faziam parte do projeto de educação mencionado. As entrevistas foram feitas no formato walk-along, que consistiu em entrevistar o(a) participante caminhando junto a ele(a) pelo bairro, seguindo um percurso por ele(a) escolhido, que representasse os locais por onde costumava andar. Após essa etapa, foi empregado o método photovoice, pedindo que os participantes tirassem fotos de qualquer coisa que lhes fizesse pensar no futuro. Depois, a pesquisadora reuniu-se com cada um para discutir sobre a escolha das imagens. Ao longo de todo o processo de imersão no campo, foram registradas observações e impressões em diário de campo. Os dados foram analisados sob a perspectiva da Psicologia Cultural, atentando-se aos níveis de experiência relacionados à microgênese, mesogênese e ontogênese, implicados nas vivências dos participantes. Nesse sentido, o estudo discute as diversas formas de vivência da temporalidade e das relações com o território estabelecidas pelos jovens e como estas lhes impulsionam na construção de projetos de vida. |