Associação entre densidade mineral óssea, polimorfismos do gene da osteoprotegerina, do ligante do Rank, e parâmetros metabólicos e antropométricos em idosas de Salvador, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Almeida, Daniela Oliveira de lattes
Orientador(a): Lemaire, Denise Carneiro lattes
Banca de defesa: Lemaire, Denise Carneiro lattes, Magalhães, Manuela Oliveira de Cerqueira lattes, Jesus, Rosângela Passos de lattes, Peixoto, Josecy Maria de Souza, Freitas, Juliana Côrtes de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35714
Resumo: Introdução: A redução da densidade mineral óssea (DMO) que ocorre na osteoporose induz à fragilidade óssea e susceptibilidade à ocorrência de fraturas, principalmente em mulheres pós-menopáusicas e idosas. O sistema RANK/RANKL/OPG é mecanismo molecular central na determinação da DMO. Esse sistema está sob influência de diversos fatores, como dislipidemia, hiperglicemia, hipertensão e alterações no sistema imunológico e hormonal, os quais contribuem para o desenvolvimento da osteoporose. Contudo, estudos clínicos ainda são contraditórios, havendo achados com correlação positiva, negativa ou ausência de correlação entre esses fatores e perda óssea. Esta divergência pode ser atribuída, em parte, por variações genéticas entre os indivíduos e também por outros aspectos como ancestralidade e hábitos de vida. Objetivo: Investigar correlações entre DMO e polimorfismos do gene da osteoprotegerina (OPG) e do ligante do RANK (RANKL), e com parâmetros metabólicos e antropométricos em idosas matriculadas em uma unidade de ensino em Salvador-BA. Métodos: Trata-se de estudo de corte transversal, que incluiu 67 idosas, com idade ≥60 anos. Para coleta de dados, foi realizada uma entrevista com exame físico, para obtenção de informações sociodemográficas, clínicas e antropométricas. Foi feita a coleta de sangue venoso para dosagem sérica de hormônios, glicemia em jejum, hemoglobina glicada, colesterol total e frações, triglicerídeos, proteína C-reativa (PCR), dentre outras moléculas. A determinação da DMO (em g/cm2) foi feita pelo exame de densitometria óssea do colo do fêmur e coluna lombar pela tecnologia DEXA. Os polimorfismos investigados foram rs2062377, rs3102735, rs6469804 do gene TNFRSF11B que codifica a OPG; e rs9594738, rs9525641 do TNFSF11 que codifica o RANKL, sendo a genotipagem feita a partir de DNA genômico. A análise estatística dos dados foi realizada utilizando o software Statistical Package for Social Sciences for Windows versão 21.0. Nível de significância estatística considerado foi p≤0,05. Resultados: Dois artigos foram produzidos a partir desta pesquisa. No artigo 1, as variáveis antropométricas apresentaram correlação significante com a DMO tanto do colo do fêmur quanto da coluna lombar. Outras variáveis que também apresentaram correlação foram colesterol total, LDL e estradiol com a DMO da coluna lombar, e PCR com a DMO do colo do fêmur. Na análise de regressão linear múltipla, as variáveis, peso corporal, estradiol e LDL, mostraram-se capazes de prever a variabilidade da DMO nos sítios ósseos investigados. No artigo 2, não observamos associação significante entre os genótipos e alelos dos SNPs propostos neste estudo com DMO dos sítios ósseos investigados, apesar de os genótipos TT-rs9594738 e TT-rs9525641 apresentarem maiores valores de massa mineral óssea na coluna lombar e no colo de fêmur, respectivamente. Na regressão logística bivariada, observou-se que o uso de fármacos anti-hipertensivos reduziu as chances de as idosas apresentarem DMO baixa tanto no colo de fêmur quanto para coluna lombar de maneira significativa. Conclusão: Dentre todas as variáveis investigadas, o peso corporal e o estradiol exercem maior influência na determinação da massa mineral óssea do colo do fêmur, enquanto que o peso corporal e o LDL exercem maior influência na massa mineral da coluna lombar de idosas. Nenhum dos SNPs do estudo parece contribuir para a variabilidade da DMO nos sítios ósseos investigados. Além disso, o uso de anti-hipertensivos parece ser o principal fator que reduz as chances de perda de DMO no colo do fêmur e na coluna lombar em idosas fisicamente ativas e de ancestralidade mista.