SINTOMAS DEPRESSIVOS E MUCOSITE ORAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM DOENÇAS ONCOLÓGICAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: LEMOS, FELIPE BARRETO lattes
Orientador(a): Figueiredo, Andréia Cristina Leal
Banca de defesa: Figueiredo, Andréia Cristina Leal, Ramalho, Luciana Maria Pedreira, Caldas Junior, Arnaldo França
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia e Saúde 
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36966
Resumo: Os sintomas depressivos figuram entre os desafios enfrentados por crianças e adolescentes durante tratamento oncológico, devido aos efeitos adversos da terapia, que podem levar a queda na qualidade de vida e por consequência podem induzir sintomas de irritabilidade, mudanças de humor e comportamento dos indivíduos. Um importante efeito colateral causado é a mucosite oral, que apresenta etiologia multifatorial e causa prejuízo na mastigação, deglutição, fonética, além de uma experiência dolorosa. Portanto, o objetivo desse estudo foi verificar a correlação entre sintomas depressivos e aparecimento de mucosite oral em crianças com doenças oncológicas tratadas em um hospital de referência na Bahia. Trata-se de um estudo transversal, realizado com crianças e adolescentes entre 4 a 18 anos, diagnosticadas com neoplasias primárias. A coleta de dados foi realizada com auxílio de um questionário que tratou sobre aspectos sociodemográficos, de higiene oral, além de exames clínicos para determinar a experiência de cárie, grau de mucosite oral pelo índice da Organização Mundial da Saúde, risco de mucosite oral pelo índice Child's Internacional Mucositis Evaluation Scale e sintomas depressivos pelo Children’s Depression Inventory. Os dados foram analisados e submetidos a Correlação de Spearman, teste quiquadrado e Exato de Fisher, considerando p<0,05. Observou-se uma correlação estatisticamente significante entre os sintomas depressivos e o grau de mucosite oral (p=0,044), como também entre a variável “dor”, dentro de risco de mucosite oral e os sintomas depressivos (p=0,021). Foram observadas também as taxas de prevalência da mucosite oral de 4,4% e 1,1% de sintomas depressivos dentro da amostra estudada; foram encontradas também associações estatisticamente significantes entre o aparecimento das lesões com a neutropenia (p=0,012) e a hospitalização dos participantes da pesquisa (p=0,01). Com base nos achados, foi possível inferir que a mucosite oral pode estar associada ao estabelecimento de sintomas depressivos e provavelmente pode ser influenciada pela hospitalização do indivíduo e pelo grau de toxicidade hematológica que apresenta, devido a terapia oncológica.