Exportação concluída — 

As interfaces do discurso de auto-ajuda: análise em autores brasileiros na perspectiva discursiva.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Cercato, Nilza Carolina Suzin
Orientador(a): Santana Neto, João Antonio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11027
Resumo: Neste trabalho, há uma análise do discurso de auto-ajuda em duas perspectivas teóricas fundamentais: Análise de Discurso, na linha francesa de Michel Pêcheux e Retórica. Para trabalhar com a Análise de Discurso, o procedimento de análise inicia-se com o estudo das condições de produção, nas quais se fazem importantes, em primeiro lugar, o contexto situacional, dando conta da emergência do termo “auto-ajuda” caracterizado como um gênero específico, com características e finalidades determinadas; em seguida os protagonistas desse discurso, os interlocutores, compreendendo locutores e alocutários; por fim reflexões sobre o contexto sócio-histórico, referindo-se ao período da emergência do discurso de auto-ajuda no Brasil. Depois das condições de produção, ainda na linha da Análise de Discurso, analisa-se o sujeito, a ideologia e a memória discursiva, como elementos que mobilizam os efeitos de sentido. O segundo referencial teórico está ligado à Retórica. Parte-se da Retórica aristotélica, através das categorias do páthos, ethos e lógos, fazendo um deslocamento para a modernidade, apoiado no Tratado de argumentação, a nova retórica de Chaim Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca, especialmente no que se refere à categoria do lógos. Esse referencial teórico serve de apoio para a verticalização das análises dos corpora selecionados para estudo. Fazem parte dos corpora, com destaque maior, os autores Lair Ribeiro, Roberto Shinyashiki; completam as comprovações Lauro Trevisan e Augusto Cury. Essa delimitação foi fundamental para demonstrar os pressupostos desejados em que a constituição do sujeito, o assujeitamento ideológico ao sucesso, a memória discursiva estão ligados ao efeito de sentido desse gênero de discurso. Por outro lado, o questionamento sobre o tipo de argumentação para convencer um vasto auditório, como é o de leitores de auto-ajuda, levou ao estudo dos comportamentos retóricos desenvolvidos por esses autores. A contribuição que se deseja oferecer com este estudo está relacionada com a análise do funcionamento discursivo, das materialidades lingüísticas e de como todo discurso permite uma verificação de suas interfaces, com desconstruções e deslocamentos.