As condições de trabalho das percussionistas da Banda Didá

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Almeida, Camila Lessa de
Orientador(a): Carvalho, Fernando Martins
Banca de defesa: Jacobina, Ronaldo Ribeiro, Nascimento Sobrinho, Carlito Lopes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31737
Resumo: O grande sucesso da música baiana, a partir dos anos 80, alavancou setores ligados ao turismo, cultura e economia. O Carnaval baiano e os ensaios das bandas de Axé Music são conhecidos em todo Brasil e no exterior, com sua musicalidade, danças e coreografias singulares. O Carnaval tornouse a maior festa de rua do mundo, arrastando aproximadamente 2 milhões de foliões atrás dos trios elétricos pelos circuitos da festa em Salvador. Por outro lado, a potencialização do som dos trios elétricos, associado às questões culturais, tornaram os festejos potencialmente causadores de risco à audição de seus participantes, sobretudo dos músicos. Este estudo avalia a exposição ocupacional ao ruído das percussionistas da Banda Percussiva Feminina Didá, formada exclusivamente por mulheres e descreve sucintamente as condições de trabalho das musicistas, inclusive os aspectos ergonômicos, considerando a existência de fatores culturais que contribuem para a exposição. A avaliação quantitativa no Carnaval envolveu 85 percussionistas e, no ensaio de rua, 22 percussionistas. Os valores aferidos nas avaliações quantitativas de ruído no ensaio de rua e Carnaval variaram entre 96,4 dB(A) e 115,2 dB(A), tendo sido registrado picos de 130 dB(A) e 148,5 dB(A). Segundo Decreto Municipal específico para festas populares, o limite máximo para trios elétricos é de 110 dB(A) (decibéis), sem delimitação de tempo de exposição, sendo mais permissivo em relação à Norma Regulamentadora nº 15 do Ministério do Trabalho e Emprego. O ruído produzido nos ensaios e no Carnaval expõe as musicistas da Banda Didá ao risco de prejuízos à saúde e à qualidade de vida.