Comportamento sexual e reprodutivo e padrão do consumo de drogas de mulheres de uma comunidade rural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Porto, Priscilla Nunes lattes
Orientador(a): Oliveira, Jeane Freitas de
Banca de defesa: Almeida, Mariza Silva, Oliveira, Jeane Freitas de, Silva, Dejeane de Oliveira, Suto, Cleuma Sueli Santos, Palmeira, Cátia Suely, Paiva, Mirian Santos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37466
Resumo: O ambiente rural assume novas configurações, a partir da influência de construções sociais e de gênero. Nesse contexto, destaca-se as mulheres rurais, marcadas pela exclusão, desvalorização, duras jornadas de trabalho, subordinação, dentre outros fatores que tem contribuído para riscos e agravos à saúde. Além disso, diante do contexto que vivem, muitas recorrem ao álcool e outras drogas como forma de enfrentamento de sua condição social. Assim, o presente trabalho parte do pressuposto que a ruralidade interfere no seu contexto sociale para o seu processo de saúde e adoecimento, sobretudo no que concerne o exercício da sua sexualidade e o consumo de álcool e outras drogas. Diante disso, a presente pesquisa teve comoobjetivos: estabelecer diagnóstico de saúde no tocante ao comportamento sexual e reprodutivoe ao consumo de álcool e outras drogas de mulheres de uma comunidade rural; analisar o perfilsociodemográfico de mulheres que vivem em uma comunidade rural; caracterizar o comportamento sexual e reprodutivo; verificar o padrão de consumo de álcool e outras drogas;desenvolver ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. Participaram do estudo 259mulheres que vivem na comunidade rural de Monte Gordo, Camaçari-BA. Os dados foram organizados e processados no software Statistical Package of Social Science (SPSS) versão 20.0, onde foram realizadas análises descritivas e inferenciais. Os resultados identificados na fase do diagnóstico apontam que as mulheres se concentravam majoritariamente com idade entre 30 e 49 anos (48,3%), pretas ou pardas (89,2%), católicas ou evangélicas (74,5%), com até 9 anos de estudo (46,3%) e renda familiar de até um salário-mínimo (68%). No que concerneao comportamento sexual e reprodutivo houve maior proporção de mulheres que já haviam gestado (91,9%), que usavam algum tipo de método contraceptivo (67,2%), que não sabiam como ocorre a transmissão das infecções sexualmente transmissíveis (62,2%) e que nãoconhecem serviço de aconselhamento e testagem para as infeções (65,6%). Quanto ao padrão do consumo de álcool e outras drogas, as substâncias mais usadas foram o álcool (83,4%) e o tabaco (36,7%), seguidas pelos sedativos/hipnóticos (7,7%), maconha (5,4%) e anfetaminas (5,4). A fase da ação teve que ser adaptada, visto que atividades coletivas foram inviabilizadaspelo contexto de Pandemia de COVID-19 no Brasil e no mundo. Para tanto, foram priorizadasatividade de educação em saúde de forma individual para as mulheres e seus companheiros, com aumento da oferta de métodos contraceptivos, do exame citopatológico e exames complementares. Foram produzidos materiais educativos acerca das Infecções Sexualmente Transmissíveis, sobre como tornar o uso do Preservativo mais prazeroso e sobre mecanismos de Redução de Danos. Os achados contribuem para a ampliação do olhar sobre as especificidades das mulheres rurais, considerando o impacto que o meio rural tem sobre os aspectos sociais, familiares e de saúde dessas mulheres. Assim, o estudo colabora para o conhecimento no campo da Enfermagem e da Saúde por possibilitar o compartilhamento de elementos que garantam a integralidade da assistência em saúde, contribuindo para minimizar as vulnerabilidades dessa população.