Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Chaves, Sara Santos |
Orientador(a): |
Bastos, Ana Cecilia de Sousa Bittencourt |
Banca de defesa: |
Trad, Leny Alves Bomfim,
Conceição, Maria Cristina Gomes da,
Alcântara, Miriã Alves Ramos de,
Motta, Alda Britto da,
Bastos, Ana Cecília de Sousa |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34310
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Resumo: |
O tema do envelhecimento tem entrado na pauta das investigações acadêmicas brasileiras com maior frequência depois que o aumento da longevidade da população se fez evidente. O fato é que, embora a velhice sempre tenha estado presente em nossas vidas, é justamente na contemporaneidade que ela se torna um “problema” previdenciário e de saúde pública para os governos. Salientamos que neste estudo, a investigação sobre a velhice não foi direcionada pela perspectiva da velhice como problema a ser resolvido, mas a da velhice como fenômeno a ser compreendido por engendrar uma etapa do ciclo da vida, a ser experienciada por uma parcela das pessoas. Dessa maneira, baseando-nos na perspectiva da Psicologia Cultural, esta investigação teve o objetivo de analisar as transformações que ocorrem no campo do self, destacando a natureza afetivo-dialógico-semiótica dos processos de autorregulação ocorridos quando se ingressa na categoria social “ser velho”, envolvendo a construção de novos significados de si e do mundo, em direção a um envelhecer bem. Mais especificamente, buscou-se descrever sob que condições uma pessoa se torna “velha”; sob que condições uma pessoa considera que envelhece bem, a partir da experiência de ter ou não ter filhos; e analisar a experiência da temporalidade na velhice. Os resultados da investigação indicaram que, apesar de geralmente ser enquadrada num grupo homogêneo, a pessoa que envelhece tem características heterogêneas, fugindo aos padrões tradicionais de caracterização, quais sejam ser dependente, ser necessariamente vulnerável e ‘gagá’. Ao contrário, o conflito de significados gerados pela ambivalência ‘ser velha (o)’/ ‘não ser velha (o)’, gerou novas formas de experienciar a velhice entre os participantes, contribuindo para uma transformação dos significados do ser velho tanto no âmbito da cultura pessoal, quanto no da cultural coletiva, engendrando um processo de transição e transformação dos significados da cultura coletiva acerca do que significa ser velho (a). Os resultados também evidenciaram que políticas públicas que privilegiem a manutenção da agentividade da pessoa que envelhece, bem como sua autonomia financeira e manutenção de vínculos em sua rede social, contribuem para um envelhecer bem. A temporalidade na velhice foi percebida como tendo íntima relação com os significados construídos ao longo da trajetória de vida da pessoa que envelhece, bem como a existência de um sentido na vida; sendo os planos para o futuro redimensionados,conforme os significados construídos pela pessoa que envelhece acerca do que é ser velho,para planos de curto e médio prazo, através de percepções do futuro mediadas por signos tipo campo – que privilegiam a emergência da novidade, e portanto a continuidade do desenvolvimento – e por signos tipo ponto, mais focados em circunstâncias específicas e menos flexíveis à transformação. |