Discurso filantrocapitalista e a promoção da saúde mental global

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Renan Amaral lattes
Orientador(a): Aragão, Daniel Maurício Cavalcanti de lattes
Banca de defesa: Ventura, Deisy de Freitas Lima lattes, Souza, Luis Eugenio Portela Fernandes de lattes, Aragão, Daniel Maurício Cavalcanti de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais - PPGRI 
Departamento: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40162
Resumo: A condução de uma governança legítima e democrática de saúde global parece interessar cada vez mais a atores no cenário internacional. Uma expressão disso é que se pluralizam contemporaneamente aqueles interessados em avaliar e oferecer soluções às condições de saúde de caráter global, seja a partir de esforços multilaterais pela Organização Mundial da Saúde, seja em projetos bilaterais com fundos bilionários, através de instituições filantrópicas. No entanto, algumas correntes críticas denunciam que a filantropia internacional opera sob o marco capitalista ocidental, configurando-se em um filantrocapitalismo, no qual a área da saúde é utilizada apenas para justificar ações intervencionistas, por meio de racionalidades neoliberais, tecnicistas e coloniais. Nesse contexto, tem-se como objetivo analisar os projetos propostos pelas instituições filantrópicas no campo da promoção da saúde mental global, a fim de expor a agenda desses programas. A delimitação na área de saúde mental global é importante por se tratar de uma área-conceito emergente e em ampla disputa de definições e ações, permitindo refletir sob quais modulações e contradições estariam se constituindo na promoção da saúde mental na governança global contemporânea de saúde. A perspectiva de ressaltar a filantropia enquanto financiadora dessa governamentalidade em projetos de saúde mental busca impulsionar a inquietude sobre a natureza do poder do saber e os impactos sociais e éticos desse modelo de governança global.