Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Santos, Luís Alberto Adorno dos |
Orientador(a): |
Torres, Antonio Puentes |
Banca de defesa: |
Torres, Antonio Puentes,
Oliveira, Mário Mendonça de,
Lazo, Daniel Alberto Alvarez |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20155
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Resumo: |
RESUMO Grande parte da concentração da população no Brasil se localiza no espaço costeiro, por se mostrar desde o início da colonização do país, os locais mais adequados para implantação de cidades, portos, plantações e outras intervenções antrópicas. Essa ocupação, contudo necessitava de abrigo e fortificações resistentes às intempéries e a invasões de outros povos. Para isso os colonizadores utilizaram diversos recursos naturais disponíveis na Nova Terra como madeira, argila, rochas calcárias, na produção de argamassas, para a construção de edificações. Nessas construções, as conchas de mariscos e corais, tiveram importância na substituição das rochas calcária, na produção de argamassa de cal hidratada, no período colonial, na Bahia, aproveitando o grande volume encontrado na região. Ainda hoje as conchas de mariscos são utilizadas como artefatos decorativos, peças de artesanato, que são vendidos principalmente aos turistas que visitam as comunidades tradicionais. Verificou-se também, que as conchas de mariscos mais utilizadas nas comunidades para esse fim são os bivalves da espécie Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791), pertencente à família Veneridae que reúne aproximadamente 500 espécies viventes, pertencentes à aproximadamente cinquenta gêneros e doze subfamílias (CANAPA, 1996). É no município de Salinas da Margarida, BA, que este molusco é responsável pelo sustento da maioria das comunidades tradicionais de marisqueiras e uma parcela das suas conchas são utilizadas como agregado, substituindo o gravilhão nas vigas e estruturas das casas. O problema levantado é o sub aproveitamento na construção civil e a deposição final inadequada, provocando repercussões negativas para a comunidade e o meio ambiente propiciando a presença de vetores de zoonoses. As conchas de mariscos acumuladas por longo tempo acabam por produzir odores desagradáveis nas casas, atraindo mosquitos e roedores. Neste contexto, optou-se pelo estudo do aproveitamento dos resíduos sólidos das conchas do marisco, como uma das variáveis de sustentabilidade no município de Salinas da Margarida, BA. Este estudo buscou-se, a partir da análise socioambiental, das comunidades tradicionais, entender a apropriação do espaço natural, como meio de sobrevivência,e também analisou-se os aspectos socioambientais das comunidades de marisqueiras, fez-se uma estimativa do volume das conchas de mariscos, ensaios da produção de cal, utilização das conchas como agregado graúdo na produção de bloco vazado simples de concreto e melhorias das técnicas aplicadas nas comunidades, evitando as perdas de materiais pelo emprego incorreto das conchas nas construções espontâneas de casas populares. Conclui-se que o aproveitamento das conchas de mariscos poderá contribuir para a minimização dos resíduos sólidos urbanos e com isso melhorar a salubridade ambiental com a retirada das áreas inadequada, e fomentar a organização social com a formação de cooperativas a fim de melhorar a renda das comunidades de marisqueiras. |