Louças vidradas: de Portugal para o cemitério de Nazaré-BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mota, Ritta Maria Morais Correia
Orientador(a): Freitas, Joseania Miranda de
Banca de defesa: Cunha, Marcelo Nascimento Bernardo da, Comerlato, Fabiana, Freitas, Joseania Miranda de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Museologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33345
Resumo: Este trabalho de pesquisa, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Museologia (PPGMuseu), teve como foco o estudo de quatorze vasos de louças portuguesas que compõem a decoração do corredor central da ala mais antiga do Cemitério Nosso Senhor dos Aflitos, em Nazaré-Bahia. Trata-se de um estudo sob o prisma da cultura material, que através da pesquisa bibliográfica, documental e de campo buscou identificar a materialidade, analisar significados, reconhecer histórias e contextos que estão atrelados à importação desses vasos de louça vidrada e suas relações históricas, políticas, econômicas e sociais nessa cidade do Recôncavo, considerada referência na produção com argila, polo cerâmico do Estado da Bahia. Traz uma abordagem histórica sobre Nazaré e suas identificações enquanto cidade do rio Jaguaripe, cidade das farinhas e polo de olarias, pontuando a posição geográfica estratégica que contribuiu no seu desenvolvimento político e econômico, resultando em influências da metrópole, como a criação da Santa Casa de Misericórdia de Nazaré. Ao estudar a técnica de vidrar a cerâmica optou-se por realizar uma revisão bibliográfica sobre a evolução técnica utilizando a argila como suporte principal, identificando-a como marca histórico-cultural do ser humano sobre a terra. Ao abordar especificidades técnicas do vidrado, adotou-se um caminho metodológico apoiado nos estudos decoloniais, por meio de abordagens históricas acerca da trajetória da técnica de vidrar a louça, apresentada a partir de estudos nacionais e internacionais que pontuam a ocupação do continente europeu no século VII e as relações culturais estabelecidas com os povos árabes e seu fazer cerâmico. Construiu- se, também, uma análise histórica sobre a fábrica Carvalhinho - marca registrada em doze dos quatorze vasos - evidenciando-se predominância desse centro fabril no comércio de louças vidradas e porcelanas portuguesas. Por fim, trazemos reflexões acerca dos caminhos encontrados nesta dissertação e as relações estabelecidas por meio dos quatorze vasos de louça.