Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Souza, Edinaldo Antonio Oliveira |
Orientador(a): |
Negro, Antônio Luigi |
Banca de defesa: |
Silva, Fernando Teixeira da,
Castellucci, Aldrin Armstrong Silva,
Rezende, Vinícius Donizete de,
Fortes, Alexandre |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23319
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Resumo: |
Esta tese aborda a questão da cidadania operária na Bahia nos contextos da redemocratização e durante o governo Dutra (1945-1950). Na Bahia, assim como em outros lugares do Brasil, as conjunturas do final da Segunda Guerra e da redemocratização foram marcadas pela volta do movimento sindical à cena pública e pela eclosão de diversos movimentos reivindicatórios. Trabalhadores e ativistas dinamizaram a vida sindical, promoveram vários movimentos grevistas e redimensionaram os espaços de expressão e participação política da classe trabalhadora. Entrementes, o advento de uma política de massas, com a realização de eleições livres e diretas e a convocação de uma Assembleia Constituinte, sinalizava novas perspectivas de representação política. Nesse contexto, estavam em disputa diferentes propostas de cidadania operária. Contudo, o afluxo grevista foi seguido pela instituição de medidas intervencionistas e repressivas contra os comunistas e o movimento sindical. O estudo procura apreender como essas questões foram experimentadas entre os trabalhadores baianos. Os sujeitos estudados são trabalhadores de diferentes categorias profissionais que, em alguma medida, se engajaram no movimento sindical e nas lutas e negociações por dignidade, direitos, liberdade, participação política, melhores condições de vida e trabalho. A pesquisa utiliza como fontes a imprensa comunista e a grande imprensa; processos trabalhistas; acervos do DOPS relativos ao estado da Bahia; um conjunto de entrevistas com ativistas sindicais realizadas, em 1983, pelo Núcleo de História Oral e Documentação Contemporânea da UFBa; documentos avulsos de empresas e sindicatos, além de dados estatísticos da Justiça do Trabalho, da Justiça Eleitoral e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados alcançados contrariam as teses que afirmaram a ausência de tradições de luta e organização dos trabalhadores baianos na conjuntura estudada. Entre os trabalhadores pesquisados, a reinvenção de uma tradição sindical tanto foi influenciada por questões e expectativas presentes quanto foi informada por experiências sindicais anteriores ao Estado Novo. Alguns sindicalistas traziam nas suas memórias e trajetórias as experiências das organizações e lutas do início da década de 1930 e da convivência com sindicalistas da geração de 1920. Antes, portanto, do advento da moderna indústria petrolífera, já estavam em curso experiências significativas de lutas pela cidadania e de formação de classe na Bahia. |