Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Motté, Henrique Zardo |
Orientador(a): |
Oliveira, Rodrigo Carvalho |
Banca de defesa: |
Silva, Diana Lúcia Gonzaga da,
Mata, Daniel Ferreira Pereira Gonçalves da |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Economia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Economia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29182
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Resumo: |
Rabo de tubarão ou cabeça de sardinha? É melhor ser o último entre os primeiros ou o primeiro entre os últimos? Até o ano de 2013, para determinados cursos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), os alunos classificados no processo de seleção eram separados em duas turmas diferentes. A alocação destes alunos era feita com base na ordem decrescente do desempenho no vestibular, criando, portanto, uma “nota de corte” entre as turmas. Dessa forma, tinha-se estudantes nas proximidades da nota de corte com desempenhos muito semelhantes, mas que, a depender de qual lado do corte estavam, eram alocados em turmas em que os demais alunos tinham maior ou menor nível de habilidade. Esse formato de seleção da universidade possibilitou a utilização da metodologia de regressão descontínua para verificar se a alocação de um aluno em uma turma com estudantes mais habilidosos pode ter efeito sobre seu desempenho ou sobre sua probabilidade de desistir do curso. Para as estimações foram utilizados os estudantes da UFBA entre 2005 e 2013 que ingressaram na universidade por ampla concorrência. As evidências encontradas apontam que, para os alunos que concluíram o curso, ser alocado em uma sala com alunos mais habilidosos reduz em 1,6% o desempenho dos mesmos nos primeiros semestres e em 1,4% o desempenho ao longo do curso. Além disso, ao dividir a amostra por áreas de concentração, observa-se que o efeito sobre os alunos dos cursos de ciências humanas é ainda maior, aproximadamente 3%, enquanto para os alunos de ciências exatas e ciências biológicas e saúde os efeitos estimados não foram estatisticamente significantes. Com relação ao impacto sobre a probabilidade de desistência do curso, encontrou-se que a alocação dos estudantes junto a alunos mais habilidosos, levando em consideração apenas os alunos de humanas, implica em uma redução de cerca de 9% na probabilidade de desistir do curso. É importante ressaltar que esta dissertação consiste no primeiro trabalho sobre peer effects combinando os dados administrativos da Universidade Federal da Bahia e a metodologia de regressão descontínua. |