LÍQUEN PLANO ORAL: ASSOCIAÇÃO ENTRE LESÕES BRANCAS E VERMELHAS E CARACTERÍSTICAS HISTOMORFOMÉTRICAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sanches, Ana Carla Barletta
Orientador(a): Martins, Gabriela Botelho
Banca de defesa: Martins, Gabriela Botelho, Medrado, Alena Ribeiro Alves Peixoto, Marqueti, Antônio Carlos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33102
Resumo: Introdução: O líquen plano oral (LPO) é considerado uma desordem oral potencialmente maligna com possibilidade de manifestações clínicas variadas, caracterizado histologicamente pela presença de uma faixa de infiltrado inflamatório subepitelial e pela degeneração da camada basal do epitélio. A presença da camada de ceratina e dos corpos de Civatte também podem ser identificadas. O diagnóstico do LPO é clínicopatológico, o que pode gerar subjetividade. Hipotetiza-se que o uso da histomorfometria poderia contribuir para uma análise mais objetiva para o diagnóstico destas lesões. Objetivo: Verificar a associação entre os grupos de lesões brancas e vermelhas e diferenças histomorfométricas nas lesões de LPO. Métodos: Tratou-se de um estudo retrospectivo transversal, onde foram analisados 48 laudos e cortes histológicos, que pertenciam ao acervo de dois laboratórios distintos de Instituições de Ensino Superior, e que foram submetidas a avaliações sob o ponto de vista de variáveis morfológicas e medidas morfométricas. As análises histomorfométricas compreenderam a mensuração entre a distância basal à superfície epitelial, a distância do ápice da crista epitelial à superfície epitelial, distância entre as cristas epiteliais, largura da crista epitelial, espessura da camada de ceratina, espessura da faixa subepitelial do infiltrado inflamatório, extensão e profundidade da úlcera. Resultados: Foi observado que 81,2% da amostra era do sexo feminino e 50,0% tinha menos de 50 anos. Quanto ao local da lesão observou-se que em 58,3% dos casos a mesma ocorreu na mucosa jugal, sendo que 83,3% da amostra apresentaram lesão branca e 18,8% eram fumantes. Notou-se que 10,4%, 10,4% e 37,5% dos casos foram classificados como moderados/severos em relação às variáveis ceratose, acantose e infiltrado inflamatório, respectivamente. Notou-se, também, 52,1%, 54,2%, 12,5%, 39,6% e 68,8% dos casos exibiu, respectivamente, faixa de infiltrado inflamatório, projeções papilares, dentes em serra, degeneração da camada basal e corpos de Civatte. Não houve associação significativa entre o tipo de lesão e as variáveis sexo, idade, local da lesão e hábito de fumar (p>0,05). Não houve associação significativa entre o tipo de lesão e as variáveis histológicas (p>0,05), bem como entre os tipos de lesão e as variáveis morfométricas (p>0,05). Também não houve diferença significativa entre variáveis clínico-demográficas e as variáveis morfométricas (p>0,05). Conclusão: A presente investigação não evidenciou associação entre lesões brancas e vermelhas de LPO e as suas características histomorfométricas. Entretanto, sugere-se que sejam realizados novos estudos com o uso da morfometria com a finalidade de se investigar se há diferenças histopatológicas entre tais lesões que possam definir seus diferentes comportamentos biológicos.