Comparação dos aspectos histomorfométricos entre lesões de líquen plano oral e lesões liquenoides orais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sanches, Ana Carla Barletta lattes
Orientador(a): Martins, Gabriela Botelho lattes
Banca de defesa: Reis, Sílvia Regina de Almeida lattes, Xavier, Flávia Caló de Aquino lattes, Pereira, Manoela Carrera Martinez Cavalcante lattes, Pires, Alessandra Laís Pinho Valente lattes, Martins, Gabriela Botelho lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41026
Resumo: Introdução: o líquen plano oral (LPO) e as lesões liquenoides orais (LLOs) são considerados distúrbios orais potencialmente malignos caracterizados pela presença de estrias brancas rendilhadas, que podem estar acompanhadas por outros subtipos clínicos. O diagnóstico diferencial deve ser bem estabelecido entre estas condições, visto que as duas enfermidades possuem muitas características em comum, apresentando sintomas, manifestações clínicas e características histopatológicas semelhantes. A combinação de uma avaliação clínica e histopatológica deve ser realizada, bem como uso de outros métodos, a exemplo da histomorfometria, que nos proporciona análises mais objetivas. Objetivo: Analisar os dados clínico-patológicos e histomorfométricas das lesões de LPO e LLO no intuito de verificar diferenças que justifiquem o comportamento biológico distinto entre as lesões. Metodologia: estudo transversal retrospectivo, a partir de 30 cortes histológicos de biópsias incisionais de LPO (n=15) e de LLO (n=15), diagnosticados segundo os critérios diagnóstico da classificação da OMS (2021), no período entre 2009 a 2016. Os cortes histológicos foram corados com hematoxilina-eosina e as análises, que foram realizadas em microscopia de luz, contemplaram parâmetros morfológicos, como ceratose, acantose, faixa de infiltrado inflamatório e faixa eosinofílica, degeneração da camada basal e comprometimento da interface epitélio-córion e grau do infiltrado inflamatório subepitelial, e parâmetros morfométricos, como a espessura de ceratina, distância da camada basal à superfície epitelial, espessura da faixa do infiltrado inflamatório e densidade celular, realizadas por dois avaliadores previamente calibrado. Resultados: Observou-se que 66,7% da amostra foram mulheres, com mais de 40 anos (90%), o subtipo clínico mais comum associado foi em placa (53,3%) e o sítio mais acometido foi a mucosa jugal e região retromolar (90%) para ambas as lesões. No entanto, não houve associação significativa entre o tipo de lesão e as características clínicas dos pacientes e histomorfológicas (p>0,05), exceto o grau de displasia (p=0,0003). Não houve diferença significativa entre os dois tipos de lesão quanto às variáveis histomorfométricas avaliadas (p>0,05). Com relação à densidade celular do infiltrado inflamatório nas lesões de LPO e LLO, não foi encontrada associação das variáveis histomorfométricas estudadas e ambas as condições. Conclusão: Na amostra estudada e a partir da metodologia empregada no presente trabalho, constatou-se que as lesões de LPO e LLO compartilharam semelhanças entre si para as variáveis clinicas e histomorfométricas avaliadas, o que sugere que tais condições parecem retratar um espectro de apresentação da mesma doença.