Educação ambiental e educação multicultural: promovendo a criticidade em uma trilha interpretativa indígena com estudantes de licenciatura em química

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Leite, André Búrigo
Orientador(a): Almeida, Rosélia Oliveira de
Banca de defesa: Guimarães, Ana Paula Miranda, Brito, Edson Machado de, Bandeira, Fábio Pedro Souza de Ferreira, Barzano, Marco Antônio Leandro, Souza, Ana Cristina de, Almeida, Rosélia Oliveira de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Universidade Estadual de Feira de Santana
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31767
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o processo de participação dos estudantes de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) – Campus Porto Seguro, BA, em uma Trilha Interpretativa na Aldeia Pataxó da Reserva da Jaqueira em Porto Seguro, BA concebida segundo pressupostos da Educação Ambiental e da Educação Multicultural Críticas. A Educação Ambiental Crítica procura formar sujeitos questionadores, capazes de reconhecer os problemas ambientais e situá-los nas relações desiguais que marcam a sociedade capitalista, de repensar padrões de consumo e de afastar de uma realidade antropocêntrica. A Educação Multicultural Crítica busca o diálogo de saberes entre diferentes culturas, questionando preconceitos e hierarquias. As trilhas asseguram a proximidade com elementos da natureza, espécies da fauna e da flora, áreas em recuperação ou preservadas, podendo possuir pontos históricos, de interpretação, de lazer e de sensibilização ambiental. Dificilmente, em uma trilha interpretativa, as atividades de Educação Ambiental e de Educação Multicultural seguem o perfil crítico. Visando superar essa lacuna, estudou-se a trilha da Lagoa Seca à luz da criticidade. Quando a educação não se atém somente a práticas pontuais, muitas vezes com enfoque naturalístico, mas se propõe a realizar uma reflexão mais complexa, aprofundada, e crítica, torna-se possível tratar da problemática ambiental e multicultural de uma maneira não reducionista. Nesse trabalho foi adotada uma abordagem qualitativa para a produção e análise dos dados seguindo o paradigma da teoria crítica. Os resultados indicaram ser possível desenvolver a Educação Ambiental e a Educação Multicultural seguindo uma abordagem crítica em uma trilha indígena, favorecendo a sensibilização, a mudança em direção ao pensamento crítico e atitudes de reciprocidade para com o meio ambiente e a própria sociedade. Contudo, percebeu-se também a necessidade de uma maior discussão e debates desses temas em uma vertente interdisciplinar e crítica, no Curso Superior de Licenciatura em Química do IFBA, Campus Porto Seguro.