Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Di Tullio, Ariane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-19012006-113913/
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Resumo: |
A indagação central que norteou esta investigação, conduzida no município de São José do Rio Pardo (SP), refere-se à incorporação de abordagens participativas na construção de estratégias educativas contextualizadas e significativas para a comunidade envolvida, criando oportunidades para reflexão, ação e disseminação de idéias e práticas conservacionistas. Assim, esta pesquisa objetivou planejar um processo participativo de desenvolvimento de uma trilha interpretativa como instrumento de educação ambiental, e analisar como a aplicação de metodologias participativas contribui para um maior envolvimento dos participantes nas diversas etapas deste processo. Representantes das secretarias municipais de Educação, de Cultura, de Turismo e de Agricultura, assim como organizações não governamentais, empresas e estudantes participaram da pesquisa. Todos envolveram-se, em maior ou menor grau, nas várias etapas de construção da trilha interpretativa: no diagnóstico prévio e escolha do local e do público-alvo; na elaboração do roteiro interpretativo; na realização e avaliação das atividades de visita à trilha por estudantes de ensino fundamental; e na avaliação do processo como um todo. As técnicas utilizadas para coleta de dados no diagnóstico e na construção da trilha foram o diagnóstico rural participativo e os grupos focais, já que com ambas as técnicas é possível lidar com a dimensão interativa de um grupo. A trilha interpretativa tem sido considerada como uma estratégia educativa capaz de transcender os aspectos cognitivos da aprendizagem, proporcionando oportunidades de desenvolvimento dos aspectos afetivos e habilidades dos educandos, podendo, portanto, ser considerada um instrumento efetivo de educação ambiental. Contudo, ela deve ser planejada e considerada como parte de um processo mais amplo e, não, apenas como um evento educativo pontual. A construção da trilha constituiu-se em uma oportunidade de reflexão individual e coletiva a respeito de temas ambientais relevantes. A metodologia participativa possibilita lidar com diferentes níveis de convívio em grupo, como o respeito pelas diferenças, a capacidade de negociação e a tomada de decisões em conjunto. O interesse inicial pelo tema, as afinidades pessoais e a experiência prévia de trabalho em grupo por parte de alguns dos participantes facilitaram o envolvimento em todas as etapas do projeto. Algumas das dificuldades que podem ser encontradas na continuidade de projetos participativos vão desde a seqüência das atividades - quando a pesquisadora se afasta do grupo - até mudanças no cenário político nos quais estes projetos tenham sido iniciados, o que justifica a importância da participação de representantes também da iniciativa privada e de ONGs. A metodologia participativa, além de gerar uma autonomia dos integrantes do grupo, proporciona maiores possibilidades de continuidade do projeto e possibilita novas iniciativas de ações de conservação e educação ambiental por parte dos envolvidos |