Poesia e ciência: cosmologias em A máquina do mundo repensada, de Haroldo de Campos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lima, Maria Lúcia Ribeiro
Orientador(a): Herrera, Antonia Torreão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10960
Resumo: As múltiplas relações entre poesia e ciência são discutidas através da análise do poema épico pós-utópico A máquina do mundo repensada, de Haroldo de Campos.O trabalho se estrutura em três capítulos. No primeiro, discute-se a relação entre ciência e poesia, demonstrando-se a atualidade do tema, através da intervenção de poetas e cientistas. No segundo, são rastreadas as inserções intertextuais no poema de Haroldo de Campos e debatidas as principais idéias científicas que representam o contraponto para o discurso do poeta, como as teorias de Ptolomeu, Copérnico, Galileu, Newton, Maxwell, Laplace, Einstein, Neils Bohr e Werner Heisenberg. No último capítulo, o trabalho toca em alguns dos cenários cosmológicos na literatura, que gravitam em torno da máquina cosmopoética de Haroldo de Campos, notadamente obras como A divina Comédia, de Dante Aliglieri, Os Lusíadas, de Camões, “A máquina do mundo”, de Drummond e O Aleph, de Jorge Luís Borges. Nessa parte, a análise baseia-se em teóricos da contemporaneidade como Gianni Vattimo, através do conceito de “pensamento fraco”. Nas considerações finais, são apontados os caminhos utilizados por Haroldo de Campos para entreverar os discursos da ciência e da poesia na construção de uma outra cosmologia poética.