Anatomia foliar e diversidade genética em Passiflora spp. (Passifloraceae L.) resistentes ao Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Barbosa, Naira Costa Soares
Orientador(a): Schnadelbach, Alessandra Selbach
Banca de defesa: Schnadelbach, Alessandra Selbach, Meissner Filho, Paulo Ernesto, Assis, José Geraldo de Aquino
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Biologia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Genética e Biodiversidade (PPGGenBio)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
PWV
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18828
Resumo: O maracujá, Passiflora sp., possui grande importância econômica no Brasil, sendo o país o principal produtor mundial da fruta e importante centro de diversidade do gênero. As pragas são os principais problemas que afetam a cultura, e dentre estas destaca-se o endurecimento do fruto, causada, principalmente, pelo Cowpea aphid-borne mosaic virus, CABMV. Ainda não se conhece uma medida de controle efetiva para esta doença, de forma que são imprescindíveis técnicas alternativas para seu controle e manejo. Neste contexto, o melhoramento genético do maracujazeiro pode ser realizado a partir de espécies silvestres resistentes a pragas. Este trabalho teve como objetivos: a) avaliar as alterações anatômicas decorrentes da infecção com o CABMV em cinco espécies de Passiflora (P. edulis f. flavicarpa, P cincinnata, P. gibertii, P. maliformis e P. setacea) e b) avaliar a diversidade genética em populações da espécie com menores alterações anatômicas decorrentes da infecção. Para a avaliação anatômica foi estabelecido um ensaio biológico, constituído de seis plantas de cada espécie, das quais a metade foi inoculada mecanicamente com um isolado do CABMV e a outra metade inoculada somente com tampão de inoculação. Após 60 dias da inoculação, foram coletadas, como amostras, a quinta folha, do ápice para a base, de cada planta. As amostras foram fixadas em FAA e posteriormente conservadas em etanol 70%, posteriormente foram realizadas seções paradérmicas e transversais, à mão livre e em micrótomo rotativo. Para cada espécie foram realizadas comparações das plantas infectadas com as sadias através de análises qualitativas e quantitativas. As alterações anatômicas observadas nas plantas infectadas foram a hiperplasia e hipertrofia de células parenquimáticas, depressões no limbo e desorganização do sistema vascular. P. setacea foi a espécie que, quando infectada com o vírus, apresentou menos alterações anatômicas, sendo selecionada para o estudo de diversidade genética. Para tanto, foram coletadas folhas jovens de 18 populações no estado da Bahia, nas regiões do Centro-Sul e Chapada Diamantina, totalizando 147 indivíduos, e testados 55 loci de SSR, dos quais seis foram selecionados para as análises. Os resultados das análises bayesiana de estruturação genética e da análise fenética indicaram a existência de dois grupos genéticos no estado, que não apresentaram correlação significativa com as distâncias geográficas. A AMOVA mostrou grande diversidade interpopulacional (45%), apesar do maior percentual de variação intrapopulacional (55%). Foi encontrado um Gst médio de 0,221 indicando um alto nível de estruturação genética entre as populações. As populações de maior diversidade foram as de Licínio de Almeida e Caetité, com maior percentual de polimorfismo, além de pertencerem a grupos genéticos distintos, sendo, portanto, consideradas as mais promissoras para enriquecimento de bancos de germoplasma de P. setacea e utilização em programas de melhoramento genético do maracujá.