Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Souza, Greyssy Kelly Araujo de |
Orientador(a): |
Sampaio, Sônia Maria Rocha |
Banca de defesa: |
Santos, Georgina Gonçalves dos,
Santos, José Raimundo de Jesus,
Décia, Ana Cristina Muniz |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências
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Programa de Pós-Graduação: |
Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22630
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Resumo: |
A educação superior brasileira vem atravessando um período de grandes transformações a partir da abertura do ensino superior iniciada em 2003, através de programas e políticas de expansão, interiorização e ações afirmativas, que tem funcionado como mecanismos para o aumento de vagas, a inclusão e fortalecimento do ensino superior. Contudo, as questões que envolvem a afiliação e a permanência na universidade ultrapassam o desafio do acesso, incluem a adaptação ao mundo acadêmico, sua rotina, cultura, rituais e normas. Diante dessas transformações, cabe à universidade refletir sobre os “novos” estudantes que passam a acessá-la, ao tempo que também reflete sobre si mesmo, no que tange a (re) construção de valores, currículos, práticas de valorização às múltiplas culturas presentes intra e extramuros. Para tanto, este trabalho se propõe a discutir sobre a relevância da iniciação científica enquanto loco estratégico para o aprendizado e desenvolvimento dos processos de afiliação estudantil e permanência material e simbólica na universidade. Para a realização do presente estudo elegemos como inspiração teórico-metodológica a pesquisa qualitativa de cunho Etnometodológico e para o tratamento dos dados empregamos a técnica de análise dos etnométodos. Participam como atores foco da nossa investigação 09 (nove) estudantes oriundos de escolas públicas que experimentam a iniciação científica no Observatório da Vida Estudantil e no PET Afirmação: Acesso e Permanência de Jovens das Comunidades Negras Rurais no Ensino Superior, ambos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. É pertinente destacarmos que os atores investigados são também autores deste trabalho tal como indica a Etnometodologia, pois é a partir dos seus olhares e das suas vivências cotidianas no interior dos grupos de pesquisa, na realização dos seus planos de trabalho de iniciação científica e nas relações estabelecidas com os demais sujeitos neste espaço de produção de conhecimento científico, que a reflexão é construída. A coleta dos dados ocorreu em dois momentos, o primeiro diz respeito à imersão do pesquisador no ambiente do fenômeno investigado, por meio da observação participante das reuniões e atividades dos grupos; e o segundo momento corresponde a realização de entrevistas compreensivas com 4 estudantes de cada grupo. Além da observação e das entrevistas, tivemos acesso a algumas notas de campo produzidas pelos próprios estudantes sobre as atividades que foram realizadas em 2015. A organização e interpretação dos dados foram feitas com base na compreensão de que a inserção em grupos de pesquisa institui um pilar (educação científica, orientação/tutoria, rede de apoio) que sustenta a afiliação e a permanência do estudante na universidade. Baseada nas exposições dos atores/autores, bem como através da revisão bibliográfica, a iniciação científica aparece, para além das suas funções de produção, formação e disseminação de conhecimento científico, como um importante dispositivo institucional que auxilia no desenvolvimento de competências e posturas indispensáveis a estudantes de graduação, consequentemente colaborando na adaptação ao mundo acadêmico. |