Óleo de palmiste na dieta de cordeiros em terminação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Castro, Daniela Pionorio Vilaronga lattes
Orientador(a): Oliveira, Ronaldo Lopes, Ribeiro, Cláudio Vaz Di Mambro
Banca de defesa: Oliveira, Ronaldo Lopes, Garcez Neto, Américo Fróes, Jaeger, Soraya Maria Palma Luz, Ribeiro, Rebeca Dantas Xavier, Andrade, Edson Américo de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38285
Resumo: Objetivou-se avaliar os efeitos da inclusão do óleo de palmiste (OP) sobre o consumo, digestibilidade, comportamento ingestivo, balanço de nitrogênio, metabólitos sanguíneos e parâmetros de fermentação ruminal e desempenho produtivo na dieta de cordeiros. Três ensaios experimentais foram conduzidos na Fazenda Experimental da Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia, em São Gonçalo dos Campos – BA. Os tratamentos consistiram na inclusão de óleo de palmiste (OP) na dieta, sendo OPzero - nível zero – sem inclusão de OP; OP1,3% - adição de 1,3% OP; OP2,6% - adição de 2,6% de OP; OP3,9% - adição de 3,9% de OP; OP5,2% - adição de 5,2% de OP, com base na matéria seca da dieta total. As dietas foram formuladas com proporção volumoso:concentrado 40:60 na forma de mistura completa e o concentrado composto de farelo de milho, farelo de soja, sal mineral e óleo de palmiste de acordo com cada tratamento. No primeiro ensaio experimental foram utilizados 40 cordeiros machos não castrados alojados individualmente em baias, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado para a avaliação do consumo de nutrientes e metabólitos sanguíneos. Para o ensaio de digestibilidade, foram utilizados 25 cordeiros Santa Inês machos não castrados, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado. O terceiro ensaio experimental foi realizado utilizando-se 5 carneiros machos não castrados, fistulados e canulados no rúmen, para avaliação dos parâmetros de fermentação ruminal, distribuídos em delineamento em quadrado latino. Foram coletadas amostras de alimentos, sobras e fezes para análises químico-bromatológicas para determinação do consumo e digestibilidade dos nutrientes. Houve redução linear no consumo de matéria seca (P<0,001), minerais (P<0,001), proteína bruta (P<0,001), fibra em detergente neutro (P<0,001), carboidratos não fibrosos (P<0,001), nutrientes digestíveis totais (P=0,021) e aumento no consumo de extrato etéreo (P<0,001) à medida que a inclusão do OP aumentou na dieta. Os coeficientes de digestibilidade da fibra em detergente neutro (P=0,573) e carboidratos não fibrosos (P=0,648) não foram afetados pela presença do OP na dieta. A digestibilidade da matéria seca (P=0,035), do extrato etéreo (P<0,001), da proteína bruta (P<0,001) e nutrientes digestíveis totais (P<0,001) aumentaram à medida que o nível de OP na dieta aumentou. Houve redução no consumo (P<0,001) e excreção de nitrogênio fecal (P<0,001), bem como na produção de proteína microbiana (P<0,001) com o aumento do fornecimento de OP na dieta de ovinos. O colesterol sérico aumentou (P<0,001), enquanto a concentração sérica da enzima GGT diminuiu (P=0,048) quando o nível de OP na dieta aumentou. A presença do OP na dieta não causou efeito sobre o ganho de peso total (P=0,058) e ganho médio diário (P=0,057), contudo, a conversão alimentar melhorou (P=0,001) quando o nível de OP na dieta aumentou. O óleo de palmiste pode ser fornecido na dieta de ovinos até o nível de 5,2% de inclusão, com melhoria na digestibilidade dos nutrientes. A presença do óleo de palmiste na dieta melhorou a conversão alimentar e reduziu o balanço de nitrogênio, com diminuição na população de protozoários totais no líquido ruminal.