Relação volumoso: concentrado associada ao tamanho de partícula do feno na terminação de cordeiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Queiroz, Larissa de Oliveira
Orientador(a): Barbosa, Analívia Martins
Banca de defesa: Barbosa, Analívia Martins, Carvalho, Gleidson Giordano Pinto de, Santos, Stefanie Alvarenga, Fonseca, Monzart Alves, Silva Júnior, Jarbas Miguel da
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31082
Resumo: Objetivou-se avaliar a seletividade, o consumo, comportamento ingestivo, desempenho e qualidade de carne de cordeiros alimentados com diferentes relações volumoso: concentrado (v: c), associada a diferentes tamanhos de partícula do feno. Foram utilizados 72 cordeiros machos, inteiros, da raça Santa Inês, com peso médio inicial de 23,5kg e idade entre 3 a 4 meses, confinados por um período de 85 dias. Os animais foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, e os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2 x 2 [ diâmetro da peneira de processamento do feno de Tifton-85 (13 e 6 mm) e relação v: c (70:30 e 50:50) ].Houve interação (P<0,05) entre o diâmetro da peneira de processamento do feno e as relações v: c nos tamanhos das partículas consumidas, visto que a redução no tamanho da partícula da dieta diminui a seletividade dos animais. Os consumos de matéria seca e dos nutrientes, e o comportamento ingestivo foram influenciados (P<0,05) pela redução do diâmetro da peneira de processamento do feno e pelo aumento da proporção de concentrado na dieta, separadamente. O metabolismo do nitrogênio (N) foi influenciado (p<0,05) pela mudança na relação v: c, sendo que dietas com maior proporção de volumoso diminuem o consumo de N. Houve interação (P<0,05) entre os fatores testados no desempenho animal, sendo os melhores resultados de ovinos alimentados com relação 50:50, independente da forma de processamento do feno. A interação causou efeito (P<0,05) para o pH 24h após refrigeração e os parâmetros de cor intensidade de vermelho e índice de saturação. O processamento do feno influenciou (P< 0,05) o conteúdo proteico do músculo Longissimus lumborum, sendo o maior teor de proteína observado na carne dos cordeiros que se alimentaram com feno processado de forma grosseira. A relação v: c influenciou (p<0,05) as características de carcaça, sendo os maiores resultados para as dietas que continham 50% de concentrado, e o índice de luminosidade da cor da carne (p = 0,036) sendo que o resultado foi maior em carne de cordeiro recebendo dietas contendo 70% de volumoso. O perfil de ácidos graxos (AG) foi influenciado pela relação v: c, sendo os ácidos graxos saturados, C17: 1, ácido linoleico conjugado, C18:3, C20:5, C22:5, C22:6, somatório dos ácidos graxos saturados (AGS), n-3 e índice de trombogenicidade foram maiores no Longissumus lumborum de cordeiros alimentados com relação v: c 70: 30, em contraste, o AG C14: 1, C16: 1-cis 9, C18: 1- cis 9, ΣAGM, n-6: n-3, h: razão H, atividade enzimática Δ9desaturase-C16 e C18 foram maiores com relação v: c 50:50. O processamento do feno de forma mais fina em dietas com altas proporções de volumoso aumenta o consumo dos animais devido a menor seletividade, e a carne desses animais tem maiores deposições de AGPI n-3.