Interesses na produção do espaço no litoral norte da Bahia: Massarandupió e seu entorno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Souza, Maria de Lourdes Costa
Orientador(a): Germani, Guiomar Inez
Banca de defesa: Prost, Catherine, Souza, Elisabeth Regina Loiola da Cruz
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17827
Resumo: Esta dissertação analisa a produção do espaço geográfico na porção costeira do Litoral Norte da Bahia, materializada na complexidade do processo de ocupação da localidade de Massarandupió e seu entorno, observando os diversos interesses que convivem e se conflitam dando forma e função a esse espaço, em diferentes períodos, nas últimas quatro décadas, e em múltiplas escalas. A pesquisa se desenvolve, na perspectiva da geografia como ciência social e crítica, por meio da análise bibliográfica sobre o tema e sobre o referencial teórico metodológico adotado, bem como da observação direta em campo, que conta com realização de entrevistas, de oficinas de trabalho e da aplicação de formulários entre os moradores. A questão central estudada – compreender como os diversos interesses atuam historicamente no processo de produção do espaço, na localidade de Massarandupió e seu entorno, nas últimas quatro décadas – requer tomar em consideração a complexidade das condições objetivas e subjetivas e o caráter dialético na organização dos diversos elementos do espaço. Espaço é entendido como resultado da inter-relação sociedade natureza através do processo produtivo; contém história de processos anteriores e dinâmicas atuais internas (horizontalidades) e externas (verticalidades), que se processam de forma desigual e contraditória, e manifestam-se em termos de forma, função, estrutura e processo. Verifica-se que a ocupação dessa faixa costeira é marcada por intervenções de processos exógenos, empreendidos pelo governo e pelo capital, que provocam a valorização do espaço e fazem parte da dinâmica de integração ao processo internacional de renovação da acumulação capitalista. São considerados ícones desse processo a atividade imobiliária para fins de veraneio ou para especulação; a ocupação de terras para o reflorestamento homogêneo e o turismo, bem como a ação e reação dos moradores antigos. Nesse processo, “velhos” e “novos” interesses se relacionam de maneira conflituosa ou, mais raramente, de maneira complementar. O meio de vida da população antiga e a natureza se transformam e o espaço se (re)produz.