Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pedra, Maria José Lopes |
Orientador(a): |
Santos, Alvanita Almeida |
Banca de defesa: |
Bruna, Alberto Roiphe,
Costa, Suzane Lima |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26393
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Resumo: |
Neste trabalho discute-se acerca das identidades do personagem Pedro Malasartes nos contos populares, como símbolo do caipira presente na região Sudeste e também do sertanejo, sob o olhar e boca dos contadores do sertão nordestino. Baseado no quesito de que esse personagem tem identidade múltipla, uma vez que podem ser realizadas diferentes leituras sobre as suas características, é que problematizamos, nesta dissertação, o conceito de hibridismo e de rizoma. Da Península Ibérica, suas histórias viajaram com os colonizadores para o Brasil e outros países, fomentando a multiplicação de vários Malasartes com vieses diferentes. Isso porque o conto popular é um gênero que abre espaço para a reinvenção, como forma de perpetuar o que foi criado e aceito pelo povo. Com o intuito de atingir os objetivos propostos, utilizamos como fundamentação: a teoria do pícaro, elaborada por Cascudo (1988-1998), Guimarães (2006), Nascimento (2014), Burke (2010); o conceito de malandro, segundo Costa (2015) e Da Matta (1997); e as identidades de Malasartes, com reflexões de Guimarães (2006). Destacam-se aqui os teóricos que contribuíram com as discussões acerca do homem do campo: Albuquerque (2001) e Cândido (1997), bem como Bhabha (2005) com pensamentos sobre o estereótipo. Pedro Malasartes é conhecido como o pícaro-malandro, mas também como o anti-herói, que, não aceitando injustiça contra o povo de sua classe, age com esperteza para combater os corruptos antagonistas. Uma vez que representa o camponês numa perspectiva de esperteza, atrai o público leitor, problematiza o conceito de caipira e sertanejo cristalizado nas sociedades brasileiras, e permanece vivo por gerações seguintes, levando riso e crítica para o público interessado. |