Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Dal'orto, Caroline Coutinho
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Orientador(a): |
Silva, Moisés Vieira de Andrade Lino e
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Banca de defesa: |
Silva, Carolina Parreiras
,
Diaz-Benitez, Maria Elvira
,
Silva, Moisés Vieira de Andrade Lino e |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36630
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Resumo: |
A proposta de uma “crítica da razão pornográfica” funda-se no exercício crítico (MARCUS, FISCHER, 2014) a uma racionalidade erguida sobre as pretensões de uma razão pura, universal e desinteressada (FOUCAULT, 2002; DERRIDA, 2007; MBEMBE, 2014). O exercício de pornificar essa racionalidade questiona um tipo de moral - ascética (NIETZSCHE, 2000) - presente nas teorias econômicas, da comunicação e da antropologia, na medida em que essas tendem a invisibilizar a intrínseca relação entre o desenvolvimento de novas modalidades de produção e consumo, construção de popularidade, experimentações sexuais e a comercialização de conteúdos porno-eróticos que emergem das chamadas “empresas-plataforma” (SLEE, 2019). O trabalho etnográfico apresentado foi produzido no interior das “redes do sexo” no digital, buscando incorporar a literatura e as vivências do trabalho sexual às discussões acerca do florescimento de um “capitalismo de plataforma”, “capitalismo de vigilância” (ZUBOFF, 2021) e “uberização ou imaterialidade do trabalho” (LAZZARATO, NEGRI, 2022) enquanto novos paradigmas produtivos do capitalismo pós-industrial. Proponho, ainda, um olhar crítico acerca da “desdiferenciação” das fronteiras entre público/privado e de consumo/produção promovida pelo ambiente digital (e online) a partir da “espetacularização do eu”, da celebração de um “eu público” (SIBILIA, 2015; BRUNO, 2004) ou de micro-celebridades online (JIMROGLOU, 1999; WHITE, 2003; BZURA, 2007; SENTF, 2008). Por fim, o que ofereço é uma crítica etnográfica da sexualidade emergente do advento das tecnologias digitais e de novos paradigmas do prazer sexual contemporâneo (PAASONEN, 2010; PARREIRAS, 2012; ROST, 2016; MIRANDA, 2016; FRANÇA, 2020). Posicionando-me em campo enquanto um híbrido antropóloga-camgirl, desafio a própria construção celibatária (KULICK, WILLSON, 1995) de uma certa antropologia que preserva a assimetria entre sexo, dinheiro, pesquisa e subjetividade (LINO E SILVA, 2014). |