Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Rosenilde Oliveira
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Orientador(a): |
Mendonça, Celida Salume
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Banca de defesa: |
Mendonça, Celida Salume
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Soares, Stênio José Paulino,
Lima, Maria Nazaré Mota de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Outro
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Departamento: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37314
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo investigar experiências de criação cênica acessíveis no ensino-aprendizagem de estudantes surdos e surdas, a partir da perspectiva de educação antirracista, refletindo por meio de tais proposições sobre a efetividade das políticas públicas voltadas para as questões étnico-raciais e da surdez. Utilizo como território o chão da escola de perspectiva bilíngue para pessoas surdas, espaço e contexto educacional reivindicado pela comunidade surda brasileira em seus muitos movimentos de luta em defesa da Libras e dos modos de apreender o mundo que dela derivam. Tais considerações mobilizaram em mim a seguinte problematização: como articular experiências cênicas acessíveis no ensino-aprendizagem de Teatro com estudantes surdos/as da Educação Básica de Salvador-BA, mobilizadas por uma perspectiva de educação antirracista? A metodologia utilizada consiste em abordagem qualitativa, fundamentada na pesquisa do tipo etnográfica, demarcada pelo aspecto relevante de que seus métodos não se dão de forma rígida, podendo ser estabelecidos ou reestabelecidos a partir de observações do/a pesquisador/a e das situações surgidas no processo. Como referencial teórico, as argumentações estão articuladas com os estudos propostos pelas/os pesquisadoras/es Conrado (2017), Dumas (2013), Lima (2015; 2020), Nascimento (2005; 2016) nos conhecimentos artísticos em afroperspectiva; com Mendonça (2009; 2017; 2019; 2020) na abordagem teatral das materialidades como pré-texto no processo de criação na sala de aula; em Boal (1996; 2009; 2012), que nos mobiliza pensar através do Teatro Imagem um fazer teatral que não seja guiado pela palavra falada; com Ferreira (2018), Lima (2015) e Gomes (2010; 2011; 2012) nas questões raciais na escola; em Strobel (2018), Campelo (2008) e Rebouças (2019), em seus estudos sobre a pedagogia visual no ensino-aprendizagem de pessoas surdas, entre outros/as estudiosos/as que analisam as implicações sociais aqui colocadas, possibilitando-nos pensar seus cruzamentos. Durante as aulas e as experiências criativas mobilizadas em sala, foi possível perceber que os/as estudantes surdos e surdas foram forjados subjetivamente por valores negativos sobre questões étnico-raciais e seu referencial identitário negando-os, por vezes, porém, à medida que foram estimulados a interagir com os materiais através de exercícios e jogos, a dinâmica prazerosa rompia a postura de afastamento. |