Estudei a vida e a vida ofereceu-me o ensino: trajetórias identitárias de uma professora-pesquisadora que ensina Ciências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Patrícia Petitinga
Orientador(a): Oliveira, Andréia Maria Pereira de
Banca de defesa: Barbosa, Jonei Cerqueira, Barzano, Marco Antonio, Passeggi, Maria da Conceição, Clareto, Sônia Maria
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Física
Programa de Pós-Graduação: Ensino, Filosofia e História das Ciências
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23029
Resumo: Este estudo é uma dimensão autopoiética da narrativa autobiográfica, um processo reflexivo em que sou protagonista de minha própria pesquisa, cujo objetivo é compreender como as trajetórias vividas forjam situações para a (des)construção de múltiplas identidades como professora-pesquisadora que ensina Ciências. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, em que adoto como dispositivo de investigação a história de vida e, como procedimento para a produção da fonte de dados, a narrativa autobiográfica, um movimento de biografização por meio do qual pude dar forma às experiências vividas, interpretá-las e dar-lhes um sentido. A análise da narrativa deu-se por meio de leituras sistemáticas do texto e de seu entrecruzamento com as Aventuras de Alice no País das Maravilhas & Através do Espelho, de Lewis Carroll. A teoria social da aprendizagem de Etienne Wenger foi utilizada como lente teórica para a compreensão de múltiplas realidades forjadas e de identidades (des)construídas na participação em comunidades de prática. As trajetórias vividas não dizem respeito a um curso ou destino fixo, ou a um caminho que possa ser previsto, por isso só podem ser caracterizadas como um movimento constante de imaginação. A imaginação é um componente importante de nossa experiência no mundo, por meio da qual ampliamos nosso eu transcendendo nosso tempo e nosso espaço, criando novas imagens do mundo e de nós mesmas/os. Como seres sociais que somos, estamos relacionando-nos, a todo o momento, com outras/os e, desse modo, percebemos o modo como somos identificadas/os a partir da participação em diferentes comunidades de prática. Na participação em comunidades de prática, significados são (re)negociados mediante o elo entre o social e o individual, produzindo novas imagens constitutivas de nós. Os vários papéis assumidos ao participar em comunidades conduzem-nos à (des)construção de identidades diversas e, muitas vezes, contraditórias, situadas na prática das comunidades. Em experiências de multifiliação a comunidades de prática, múltiplas vertentes identitárias são (des)construídas, mas elas não podem ser vistas como uma unidade ou algo simplesmente fragmentado, pois interagem entre si, influenciando-se mutuamente e demandando coordenação para a conciliação das distintas formas de afiliação às comunidades de que somos membros.