Memória, narrativa e reconhecimento: por uma hermenêutica do acontecimento da reforma curricular do Curso de Pedagogia da UESB em Jequié

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Sandra Suely de Oliveira
Orientador(a): Sá, Maria Roseli Gomes Brito de
Banca de defesa: Gregorio, Maria de Fátima Araujo Di, Eugênio, Benedito Gonçalves, Galeffi, Dante Augusto, Macedo, Roberto Sidnei Alves
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18277
Resumo: Esta tese está inserida na linha de pesquisa Currículo e (In)formação com a intenção de investigar a tessitura da reforma curricular do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié com vista a interpretar o acontecimento. Para o estudo optei pela hermenêutica fenomenológica de Paul Ricoeur tendo como fio condutor as narrativas em torno da política de sentido desenhada na trama. Por esse caminho, lancei mão de documentos e entrevistei as pessoas que atuaram nas Comissões em quatro momentos da reforma de 2005 a 2012. Sendo uma pesquisa de cunho fenomenológico, a proposta não teve a pretensão de analisar o currículo proposto pela reforma, mas, interpretar a sutileza da trama, tomando por acento o modo humano de agir e interagir pelos meandros das trocas intersubjetivas. Nesse sentido, optei seguir pela abordagem qualitativa e com isso, fiz o entrecruzamento do conceito de reconhecimento com o conceito de "atos de currículo" para interpretar a ação curricular pelo viés filosófico e ontológico. Vale ressaltar que o desfecho da reforma curricular se configurou num cenário onde plasmaram comportamentos, sentimentos e posicionamentos entre os sujeitos, marcado por uma política de sentido em "atos de currículo" marcado por conflitos pessoais, articulações, contradições e disputas. As narrativas desvelaram uma forte intenção de marcar território dentro da instituição, como também, interesses firmados na luta para o reconhecimento de si e pouco investimento no reconhecimento do outro. Desse modo, o período de oito anos da reforma curricular foi marcado pela ausência de um projeto político coletivo, pois, reduzido número de pessoas definiram os rumos do novo currículo do curso de Pedagogia.