Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Alves, Loreane Dias |
Orientador(a): |
Gomes, Doriedson Ferreira |
Banca de defesa: |
Silva, Bruno Vilela de Moraes e,
Miranda, José Garcia Vivas,
Gomes, Doriedson Ferreira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Ecologia: Teoria, Aplicação e Valores
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33457
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Resumo: |
Em trabalhos realizados na plataforma continental e entrada da Baía de Todos os Santos (BTS) em Salvador (BA) foram registrados eventos de ressurgência costeira. Contudo, ainda não há estudos que investiguem o efeito desse evento sobre a biota local. Para preencher essa lacuna e avaliar se esse evento oceanográfico tem efeito sobre a dinâmica trófica do plâncton foram realizadas catorze campanhas mensais ao longo dos anos de 2018 e 2019 (abril/2018 a maio/2019) e depois montadas 14 redes alimentares da comunidade planctônica na entrada da BTS. Os organismos da comunidade planctônica foram identificados e agrupados de acordo com seu tamanho e hábito alimentar. Posteriormente, foram realizadas análises das propriedades de redes alimentares para a determinação da influência da ressurgência na comunidade planctônica e na dinâmica e estrutura da rede trófica. Utilizou-se uma Correlação de Pearson (r) (com correção de Bonferroni) para saber se as variáveis físicas que descrevem a ocorrência da ressurgência (temperatura e salinidade) possuem alguma influência na biota e, posteriormente, foi aplicado um Modelo Aditivo Generalizado (GAM) . As redes alimentares compreendem 147 a 371 espécies e 6.840 a 46.362 interações alimentares. Os elos alimentares foram estabelecidos através de dados apresentados na literatura. Identificamos 916 morfotipos distribuídos em 21 filos (quatro da comunidade fitoplanctônica e 17 da zooplanctônica), 31 classes, 17 ordens, 124 famílias e 130 gêneros (zooplâncton e dinoflagelados). Descobrimos que as redes alimentares do plâncton são caracterizadas pela alta diversidade e pela grande quantidade de espécies onívoras e canibais. Além disso, os resultados apontam que a variação temporal das variáveis ambientais descritoras da ressurgência costeira influenciaram de forma direta em algumas propriedades das redes alimentares planctônicas (a salinidade diretamente sobre os nós, arestas, graus, percentagem de onívoros e intermédiarios-mixotróficos, e temperatura diretamente sobre percentagem carnívoros e onívoros no período transição), nos padrões de organização e composição da rede local. Os resultados apresentados nesse estudo apresentam um passo importante para uma melhor compreensão da estrutura da comunidade desse ecossistema de ressurgência. |