Mythos e Opsis: a tensão entre a intriga e o sensível no cinema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Matos de Oliveira, Marcelo lattes
Orientador(a): Mendes, Cleise lattes
Banca de defesa: Mendes, Cleise, Lopes, Cássia, Alcântara, Henrique, Ribeiro, Marcelo, Vieira Jr., Erly
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
Departamento: Escola de Teatro
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37829
Resumo: A presente tese é um trabalho teórico-crítico que visa realizar cinco variações sobre um mesmo tema: a tensão entre a racionalidade da intriga e o efeito sensível do espetáculo, entre a estória e a imagem, entre a representação da ação e o movimento puro, ou entre o mythos e a opsis no cinema. Cada capítulo se debruçará sobre momentos específicos onde tal tensão virou discurso, chegando a figurar tanto nos filmes, quanto na crítica e na teoria. Longe de querer traçar qualquer historiografia, tomamos determinados períodos e movimentos cinematográficos canônicos (cinema clássico, vanguarda, neorrealismo, nouveau cinéma e cinema de fluxo) por se tratar de momentos nos quais ocorreu a emergência de um discurso de afirmar algo nos filmes que transpassa ou perpassa a história (estória). Esse “algo” aparece com muita ênfase nos discursos: a ação (cinema de intriga), o movimento (vanguarda francesa), o real (neorrealismo italiano), o tempo (nouveau cinéma) e a atmosfera (cinema de fluxo). Mais do que categorias históricas, tais períodos seriam momentos de surgimento de um sintoma onde aquilo que é irrepresentável parece querer insistir, de alguma maneira, na representação. Busca-se traçar uma genealogia provisória de uma linhagem de cinema que se faz através de uma tensão entre a intriga e o sensível, entre o mythos e a opsis.