Papel da Endoglina/CD105 em leucemias agudas: um potencial alvo para intervenção terapêutica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Dourado, Keina Maciiele Campos
Orientador(a): Figueiredo, Camila Alexandrina Viana
Banca de defesa: Valadares, Marize Campos, Beltrame, Míriam Perlingeiro, Santos, Jean Nunes dos, Costa, Maria de Fátima Dias
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
AML
ALL
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21386
Resumo: O tratamento das leucemias agudas continua sendo um grande desafio clínico devido, principalmente à heterogeneidade e alta toxicidade da terapia padrão utilizada. Dessa forma, novos alvos terapêuticos são urgentemente necessários e os anticorpos monoclonais tem surgido como uma das opções terapêuticas mais promissoras. A endoglina, também conhecida como CD105, é um receptor da superfamília do TGF-β, expresso nas células-tronco hematopoiéticas (HSC) de todos os sítios hematopoiéticos, incluindo a medula óssea, onde é descrita como um marcador para HSC de longo prazo. Apesar da expressão de CD105 ter sido relacionada a diversos tipos de tumores sólidos, principalmente devido ao papel desse receptor na angiogênese, relativamente pouco é conhecido em relação a expressão de CD105 e a sua função em neoplasias hematopoiéticas. Este estudo revelou alta expressão de endoglin na maioria dos blastos de pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) e leucemia linfoblástica aguda (LLA). Utilizando um modelo de xenotransplante, verificamos que as blastos CD105+ possuem uma actividade leucemogênica superior em comparação com a população de CD105-. Adicionalmente, investigamos se o bloqueio da endoglina, usando TRC105, poderia resultar em uma opção terapêutica para tratamento das leucemias agudas e descobrimos que na LMA, o TRC105 impediu o engraftment de blastos primários e inibiu a progressão da leucemia após o estabelecimento da doença, mas na LLA, o TRC105 sozinho foi ineficaz devido à uma maior secreção da forma soluvél da endoglina (sENG). No entanto, tanto na LLA quanto na LMA, TRC105 potencializou o efeito terapeutico da quimioterapia padrão e inibiu a progressão da doença, indicando que TRC105 pode representar uma nova opção terapêutica para LLA e LMA.