Perfis térmicos na fase inicial de incubação sobre a embriogénese e desenvolvimento ósseo de pintos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Franca, Tayana Nery lattes
Orientador(a): Barbosa, Vanessa Michalsky
Banca de defesa: Barbosa, Vanessa Michalsky, Fernandes, Lia Muniz Barretto, Azevedo, Izabela Lorena, Ferreira, Fabiano, Pompeu, Mariana André
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41261
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar como diferentes perfis térmicos aplicados de forma gradual no início da incubação influenciam a embriogênese, o rendimento de incubação, a qualidade dos pintos, o uso de nutrientes dos componentes do ovo, o perfil bioquímico, o equilíbrio ácido-base, a resposta hormonal e o desenvolvimento ósseo de pintos de corte. Para isso, 2.408 ovos de matrizes Cobb 500® com 45 semanas de idade foram incubados sob quatro perfis distintos de temperatura da casca do ovo (TCO), com aumento ou redução gradual: 1) TC - temperatura controle (37,8°C durante todo o período de incubação); 2) TL - temperatura baixa (36,7°C, do 0º ao 8º dia de incubação); 3) TH - temperatura alta (38,9°C, do 0º ao 8º dia de incubação); e 4) TVH - temperatura muito alta (39,4°C, do 0º ao 8º dia de incubação). Foram avaliados o rendimento da incubação (perda de peso do ovo, fertilidade, eclodibilidade, mortalidade, refugagem), a qualidade de pinto (peso, comprimento, peso do corpo sem gema, peso de gema residual, peso relativo de órgãos, escore de umbigo), janela de nascimento, duração da incubação, morfologia embrionária, parâmetros da casca (peso, espessura, Ca, P, Mn e Mg), da gema (Ca, P, Mn e Mg), temperatura retal, avaliações do sangue (Ca, P, GH, T3, T4, PTH, calcitonina, vitamina D3, fosfatase alcalina, glicose, ácido úrico, lactato, glicogênio hepático e hemogasometria) e análises ósseas (Ca, P, Mn, Mg, morfometria, biofísica e mecânica). Foi observado que os tratamentos com temperaturas elevadas (TH e TVH) aceleraram o desenvolvimento embrionário, resultando em menor duração de incubação. Enquanto o tratamento TL, obteve maior duração de incubação e indicou um desenvolvimento mais consistente e gradual. Verificou-se que o tratamento TL influenciou positivamente o rendimento da incubação, a qualidade dos pintos, o desenvolvimento ósseo e dos órgãos vitais, além da mobilização e utilização de minerais da casca e da gema, bem como os parâmetros fisiológicos e ósseos de pintos recém- eclodidos (p ≤ 0,05). Conclui-se que o aumento gradual da TCO na primeira semana de incubação, como demonstrado no tratamento TL (36,7ºC), apresentou resultados estatisticamente similares ou superiores ao tratamento controle em todas as variáveis analisadas. Em contraste, TCO elevadas, especialmente TVH (39,4°C), não são recomendadas, pois afetaram negativamente os parâmetros avaliados.