Influencia da temperatura de incubação sobre o desenvolvimento ósseo de embriões e pintos de corte recém-eclodidos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Azevedo, Izabela Lorena lattes
Orientador(a): Barbosa, Vanessa Michalsky
Banca de defesa: Barbosa, Vanessa Michalsky, Lara, Leonardo José Camargos, Café, Marcos Barcellos, Ferreira, Fabiana, Melo, Fúlvio Viegas Santos Teixeira de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38343
Resumo: A temperatura de incubação controla o desenvolvimento embrionário e provavelmente tem efeito sobre a formação e crescimento do esqueleto, que se inicia durante a embriogênese. Assim, nosso objetivo com esse trabalho foi avaliar se variações de temperatura da casca (acima ou abaixo da recomendada) durante a fase intermediária da embriogênese afetam o rendimento de incubação, a qualidade dos pintos, a utilização de minerais a partir dos componentes do ovo e o desenvolvimento ósseo de embriões e pintos. Foram incubados 2408 ovos de matrizes Cobb 500® com 45 semanas em quatro diferentes temperaturas de casca (TCO): 1) Controle (TCO de 37,8°C durante toda a incubação); 2) TCO baixa (36,7°C entre os dias 8 e 18,5 de incubação); 3) TCO alta (38,9°C entre os dias 8 e 18,5 de incubação) e 4) TCO muito alta (39,4°C entre os dias 8 e 18,5 de incubação). Foram avaliados o rendimento da incubação (perda de peso do ovo, mortalidade, fertilidade, eclodibilidade, refugagem), a qualidade de pinto (peso e comprimento, peso do corpo sem gema, peso de gema residual, peso relativo de órgãos, escore de umbigo), os parâmetros da casca (peso, espessura, cálcio, fósforo, manganês e magnésio), da gema (Ca, P, Mn e Mg), do sangue (Ca, P, hormônios T3, T4, PTH, calcitonina e vitamina D3, Fosfatase Alcalina) e do osso (Ca, P, Mn, Mg, morfometria, cinzas, calcificação e resistência). A temperatura de incubação afetou a maioria das variáveis analisadas. O rendimento da incubação foi impactado negativamente por todas as alterações de TCO, sendo a TCO muito alta a que mais prejudicou os índices avaliados, seguida da TCO baixa (p≤0,05). O peso relativo de órgãos foi influenciado negativamente pelo aumento da temperatura (p≤0,05). A TCO baixa, alta e muito alta promoveram redução na qualidade dos pintos; na utilização dos minerais da casca e da gema; nos minerais do sangue e da tíbia; prejuízo às características ósseas e diminuição nos hormônios tireoideanos, no PTH e na vitamina D3 (p≤0,05). Para todas essas variáveis a TCO muito alta causou os piores resultados. A calcitonina aumentou igualmente na TCO alta e muito alta (p≤0,05). A Fosfatase Alcalina foi aumentada apenas pela TCO muito alta (p≤0,05). Altas temperaturas prejudicaram de forma mais acentuada a mobilização e utilização de minerais a partir dos componentes do ovo, os hormônios calciotrópicos e consequentemente o desenvolvimento ósseo durante a incubação. Variações de temperatura da casca (acima ou abaixo da recomendada) durante a fase intermediária da embriogênese reduzem o rendimento de incubação e a qualidade dos pintos.