Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Varjão, João Victtor Gomes |
Orientador(a): |
Silva, Moisés Vieira de Andrade Lino e |
Banca de defesa: |
Silva, Moisés Vieira de Andrade Lino e,
McCallum, Cecilia Anne,
Lopes, Paulo Victor Leite |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia de Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33128
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Resumo: |
RESUMOEsta etnografia acompanha o andar junto na vida de pessoas LGBTQ+ da Companhia de Teatro Drama de Juazeiro da Bahia. O andar junto pode ser definido como uma conceituação nativa acerca de uma relacionalidade particular acontecendo entre pessoas LGBTQ+.A Companhia Drama se mostrou um espaço privilegiado para traçar a construção de relacionalidade no interior nordestino, tornando-se o lócus da pesquisa. Para realização da pesquisa etnográfica, tive contato intenso com o grupo no primeiro semestre de 2020, a partir da observação participante e de conversas “informais”.Nesse universo, dei ênfase à vida de quatro membros da companhia que se autodenominam “irmãs”, marcando a existênciade um parentesco particular acontecendo em suas práticas cotidianas: a irmandade “passiva”. Opereianaliticamentede duas formas: traçando as relações "fora" e "dentro" da irmandade, tendo em vistacomo as irmãs relacionam-se entre si e com outras pessoas.Acompanhando esse parentesco seu “interior”, observei como essas irmãs têm suas vidas imbricadas, sobretudo, a partir do conflito ligado ao relacionamento de umas das irmãs, Roberto, implicando em questões de confiança, traição e moralidade. Por conta desse problema, as irmãs passaram por importantes discussões, em que a “passividade” estava em jogo. A partir das relações “externas” desse parentesco, observei um complexo embaralhamento entre a “rua” e a “casa” e mediações relacionais por meio de dinheiro,bebidas alcoólicas e algumas “drogas” que eram compartilhadas enquanto “substâncias” do parentesco, sobretudo, a partir das festas(os reggaes).O “andar junto” é, portanto, uma relacionalidade que tem a ver com aproximações da vida de pessoas dissidentesem gênero, sexualidade e racialidade, ou seja, pessoas que em alguma medida compartilham uma “marginalidade”. Essas vidas se atravessam e se mutualizam, possibilitando de laços de amizade, solidariedade e intimidade, dando abertura para construção de relações de parentesco. Nesse sentido, otrabalho alinha-se aos estudos do “novoparentesco”, dando ênfase a conceituações nativas e prática locaisdo parentesco. |