Celular em sala de aula: e agora pode, professor(a)? Situações de aprendizagem de Língua Inglesa por meio dos letramentos digitais em uma escola pública de Lauro de Freitas/Ba.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: França, Leila Patrícia Bispo dos Santos lattes
Orientador(a): Ramos, Fabiano Silvestre lattes
Banca de defesa: Ramos, Fabiano Silvestre lattes, Silva, Tiago Pellim da, Pereira, Júlio Neves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40278
Resumo: Esta pesquisa surgiu da inquietação de uma professora de língua inglesa da escola básica que se viu impactada pela auto-heteroecoformação tecnológica (Freire; Leffa, 2016) e como este processo foi importante para passar pelo período pandêmico de forma mais suave. Visto que a pandemia de COVID-19 nos obrigou a buscar nos meios tecnológicos mecanismos para levar a educação até os estudantes, e dentre as maiores dificuldades deste processo estava a falta de letramento digital tanto de alunos quanto de professores. Nesse cenário, o celular (Smartphone) que até então era proibido na escola contexto desta pesquisa, se tornou um grande aliado neste período, visto que foi por meio deste que boa parte dos estudantes tiveram acesso ao conhecimento. Portanto, o objetivo desta pesquisa foi refletir sobre como as práticas de letramentos digitais por meio do uso do celular em sala de aula podem ou não contribuir para o engajamento e o ensino-aprendizagem de língua inglesa. Tendo como objetivos específicos: a) investigar como se dá o acesso dos estudantes às TDICs no contexto domiciliar e escolar; b) identificar como os estudantes veem o uso do celular em sala de aula e como o utilizam para a aprendizagem de Língua Inglesa; c) analisar como as situações de aprendizagem propostas, utilizando o celular como ferramenta, contribuíram ou não para o engajamento e o ensino aprendizagem língua inglesa; e d) refletir sobre como a inserção das tecnologias digitais tem contribuído para a minha auto-heteroecoformação tecnológica e melhoria da minha prática pedagógica. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa de cunho (auto) etnográfica, cujos dados gerados por diversos instrumentos foram analisados interpretativamente por meio da triangulação dos dados. Como resultado, concluiu-se que o acesso ainda é um fator limitante para o uso das tecnologias, mas que essa dificuldade vem diminuindo em relação aos estudantes; que a maioria dos estudantes enxergam o celular como um facilitador de aprendizagens devido a sua ubiquidade e portabilidade, podendo ser utilizado para a aprendizagem de inglês por meio de aplicativos e sites da internet; que o uso do celular não foi um dissipador das aulas, pelo contrário, colaborou para o engajamento, para manter o contato com os estudantes e promoção da metodologia da sala de aula invertida e assim recuperar conteúdos não assimilados durante a pandemia em outros tempos e espaços além do escolar. Indicando também que se os professores buscarem metodologias de ensino que coloquem os estudantes em papéis mais ativos e centrais, diminui o risco de dispersão dos estudantes com os dispositivos móveis e que assim como a formação continuada em-serviço, a auto-heteroecoformação tecnológica do professor é de suma importância para darmos contas das demandas educativas da sociedade da informação e da cultura digital. Concluindo que esse processo auto-heteroecoformativo pode ajudar a diminuir a lacuna existente na formação docente para o uso das tecnologias, pois enquanto essa mudança maior ainda não ocorre por meio de políticas públicas para a formação tecnológica docente, podemos ir diminuindo as brechas ao aprendermos conosco, com os pares e com o meio.