Avaliação da ação antitumoral e imunomodulatória do flavonóide apigenina, extraído de cróton betulaster mull, em células d gliomas
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciências da Saúde Departamento de Ciências da Biointegração |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Imunologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21381 |
Resumo: | Gliomas são as neoplasias intracraniais mais comuns e malignas. O entendimento da biologia tumoral dos gliomas é um processo complexo e contraditório. Nossos estudos anteriores demonstram uma capacidade antitumoral e anti-angiogênica de flavonoides, além de potencial morfogênico e imunomodulador de células gliais não transformadas com liberação de TNF e NO. Neste trabalho objetivamos investigar as propriedades antitumorais e imunomodulatórias do flavonoide apigenina, extraído da Croton betulaster mull em culturas de células de glioma da linhagem C6. Inicialmente, investigamos os efeitos inibitórios e morfogênicos do flavonoide nas células de C6. Verificamos pelo teste de MTT e após coloração com azul de tripan, que a apigenina tem a capacidade em diminuir a viabilidade celular e a proporção de células viáveis de forma dose e tempo dependente. Ainda, após 72 h do tratamento das culturas com 100 μM da apigenina, uma significativa proporção de células apresentaram marcação positiva para anexina V (29,6%), caracterizando apoptose, e uma menor proporção marcação positiva para laranja de acridina (6%), caracterizando autofagia. Por outro lado, o flavonoide também induziu um acúmulo das células na fase G0/G1 do ciclo celular, além de inibir a migração celular desde 24 h após o tratamento. Ademais, a capacidade do flavonoide em induzir alterações morfológicas nas células de glioma foi também observada, caracterizada pela emissão de prolongamentos multipolares nas células e aumento da expressão de proteína astrocitária GFAP, em detrimento da proteína nestina, marcador de precursor neural. A ação imunomodulatória da apigenina também foi caracterizada por citometria em fluxo, sendo evidenciado uma diminuição da proporção de células expressando NFkB nenhuma alteração significativa em STAT3 e p-STAT3, ambas proteínas envolvidas na sinalização da resposta imune. Este efeito foi acompanhado de uma alteração no perfil de citocinas pró- e antiinflamatórias evidenciadas por ELISA. Nas culturas em condições controle os níveis de IL-10 (396 pg/ml) foram cerca de duas vezes superior àqueles de TNF (216 pg/ml), porém os níveis de IL-10 diminuíram para 132 pg/ml após exposição à uma dose subtóxica do flavonoide (50 μM); um aumento significativo de NO foi também verificado nestas condições. Os conjuntos destes resultados demonstraram que o flavonoide apigenina possui eficiente efeito sobre a viabilidade, crescimento e proliferação, das células de glioma, além de induzir diferenciação celular, e mudanças no perfil de citocinas envolvidas no processo regulatório da resposta imunológica, colocando esta droga como um possível candidato adjuvante para o tratamento dos tumores cerebrais malignos humanos. |