Avaliação das propriedades antitumorais e imunomodulatórias do flavonoide apigenina extraído de croton betulaster mull na interação glioblastoma/microglia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Coelho, Paulo Lucas Cerqueira
Orientador(a): Lima, Silvia Costa
Banca de defesa: Neto, Vivaldo Moura, Villarreal, Cristiane Flora, Brasil, Juceni Pereira de Lima David, Cunha, Elisabeth Freire Santos da
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciência da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22862
Resumo: O entendimento da biologia tumoral dos glioblastomas é um processo complexo e contraditório. Classicamente, a microglia é a célula efetora da resposta imune no Sistema Nervoso Central. Entretanto, estudos vêm demonstrando que este tipo celular contribui mais para a progressão tumoral do que para a sua eliminação. Nossos estudos anteriores demonstraram a capacidade antitumoral e antiangiogênica do flavonoide apigenina, além do seu efeito morfogênico e imunomodulador em cultura de glioblastomas. O presente estudo teve como objetivo investigar as propriedades antitumorais e imunomodulatórias do flavonoide apigenina, extraído de Croton betulaster Mull em culturas de células de glioblastoma isoladas e cocultivadas com microglia e em modelos animais com implantes de células tumorais humanas. No primeiro artigo, foi investigado o efeito do flavonoide apigenina em cultura de células de microglia isoladas e em cocultura com a linhagem de glioblastoma de rato C6. Observou-se que a apigenina tem a capacidade de diminuir a viabilidade das células de glioma e microglia e modificar a morfologia celular das microglias, além de alterar a capacidade imumoduladora destas células do perfil M2 para M1, através do balanço da secreção de TNF e IL-10, sem alterar a liberação de NO. Na cocultura, a apigenina mostrou-se capaz de ativar as microglias para fagocitar as células de glioma, aumentando a quimiotaxia e inibindo a migração tumoral, com redução da liberação de IL-6. No segundo artigo, procuramos entender os mecanismos de ação do flavonoide apigenina na cultura de gliomas em termos de viabilidade celular, alterações morfológicas, secreção de fatores tróficos, bem como indução de morte celular por apoptose e autofagia. Para tanto, investigamos o efeito da apigenina em cultura de células e em modelos animais com implantes de células tumorais. Após a modulação com o flavonoide, as células alteraram a sua morfologia, diferenciaram-se e passaram a expressar marcadores astrocitários e neuronais. Houve também uma indução de morte por apoptose e autofagia nas ix células tratadas com o flavonoide e uma redução do tamanho da massa tumoral em ratos. Esses resultados demonstram que o flavonoide apigenina apresenta capacidade antiproliferativa e induz diferenciação celular, apoptose, autofagia, inibição da migração celular, e mudanças no perfil regulatório e fenotípico da resposta microglial em interação com o glioblastoma, e poderão contribuir no tratamento dos gliobastomas humanos através de seu efeito antitumoral, morfogênico e imunomodulatório, comprovados pelo presente estudo in vitro e em modelos animais com implantes de células tumorais humanas.