Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Soares, Marcela Rodrigues |
Orientador(a): |
Ornellas, Sandro Santos |
Banca de defesa: |
Campos, Maria Elvira Brito,
El Fahl, Alana de Oliveira Freitas,
Pereira, Antonio Marcos,
Muniz, Marcio Ricardo Coelho |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28710
|
Resumo: |
Na contemporaneidade, a aproximação temática com o cotidiano e a narratividade presente nos poemas reabilitam o modo de pensar por imagens. Pensar por imagens é procedimento da alegoria, que deixa de ser vista como mero recurso estilístico e passa a ser adotada como forma de pensar. Nesta tese, a alegoria é utilizada como procedimento para a leitura da poesia contemporânea de Gonçalo M. Tavares e de Mayrant Gallo, bem como instrumento de análise das imagens que ressaltam nessas poesias. Empreendeu-se, portanto, um estudo comparado, buscando identificar pontos de convergência e distanciamento no que tange ao uso da alegoria por esses poetas. A escolha de uma possível definição para a alegoria foi feita a partir dos estudos de Walter Benjamin, os quais imprimiram uma nova noção acerca dessa figura de pensamento. Primeiro, ao estudar o drama trágico do período barroco, o filósofo distinguiu a alegoria do conceito de símbolo, enfatizando que a linguagem simbólica é imbuída da ideia de significado pleno e eterno. A reabilitação da alegoria se deu pelo reconhecimento de sua instabilidade de significados, e a profusão da temporalidade e da história. Posteriormente, ao analisar a obra poética de Baudelaire, Benjamin conseguiu captar a transitoriedade inerente à alegoria na temática da cidade e da modernidade, explorada pelo poeta francês. Associada à ideia da alegoria, Benjamin ainda apresenta concepção sobre a aura, a categoria do flâneur, a noção de fantasmagoria, de rastro, a experiência vivida de choque e a melancolia. A partir dessas categorias, intentou-se observar a recorrência de certas imagens dentro das temáticas da cidade, do tempo e da morte que denunciam Gonçalo M. Tavares e Mayrant Gallo como poetas alegoristas. |