Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Dirlane Gomes e
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Orientador(a): |
Baptista, Geilsa Costa Santos
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Banca de defesa: |
Baptista, Geilsa Costa Santos
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Guimarães, Ana Paula Miranda
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Siqueira, Rafael Moreira
,
Barbosa, Rubén Hernández
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Diório, Ana Paula Inácio |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia e Universidade Estadual de Feira de Santana
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPGEFHC)
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38744
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Resumo: |
Apresentamos os resultados de uma pesquisa que teve por objetivo geral analisar a agrobiodiversidade enquanto via para a promoção do diálogo intercultural no ensino de ciências para estudantes do campo, coadunadas às suas realidades socioculturais. Nesse sentido, percorremos os seguintes objetivos específicos: a) investigar através de revisão sistemática na literatura existente, se, e como a agrobiodiversidade está relacionada ao ensino de ciências. b) problematizar os documentos educacionais do município de Ipecaetá, Bahia. Brasil, tais como: Plano Municipal de Educação do Município, Referencial Curricular Municipal e Planos Políticos Pedagógicos no que tange a agrobiodiversidade para a promoção do diálogo intercultural no ensino de ciências. c) identificar as concepções de professores da área de ciências acerca da agrobiodiversidade e possibilidades da sua consideração no diálogo intercultural. Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva, com foco de atenção aos significados atribuídos pelos sujeitos e objetos de investigação. Nesta perspectiva, foi realizada revisão sistemática de literatura, análise de documentos e pesquisa empírica, através da entrevista semiestruturada. Com relação à revisão sistemática de literatura, não foram encontradas pesquisas que relacionem de forma direta agrobiodiversidade como via para o ensino de ciências. Todavia, verifica-se que a agrobiodiversidade tem sido tema de numerosas investigações voltadas para sua identificação, usos, consumo, abrangendo múltiplas áreas do conhecimento: saúde, alimentação, direito, meio ambiente, biodiversidade e cultura, dentre outros. Há indicativo de que o meio acadêmico possui interesses diversos nas investigações acerca da agrobiodiversidade. Entretanto, é possível afirmar que há um longo caminho a ser seguido na direção de registrar, valorizar e abordar amplamente a agrobiodiversidade, sobretudo no âmbito de sua aplicabilidade ao ensino de ciências intercultural. Os principais resultados derivados da análise de documentos apontam que não há indicação de um currículo específico para o ensino de ciências para estudantes do campo com abordagem da agrobiodiversidade. Há indicação implícita da agrobiodiversidade como temática no âmbito do planejamento da educação; há reconhecimento da consideração pela sociocultura dos estudantes de suas bases campesinas, de forma explícita. A pesquisa aponta na direção de que são necessários maiores esforços e empenho no atendimento às especificidades dos estudantes do campo e aos seus contextos, para a formulação de planejamentos pedagógicos que direcione para estratégias mais aproximadas, com via em inserir de forma explícita a abordagem da agrobiodiversidade e assim construir caminhos para preenchimento desta lacuna no ensino de ciências. Destarte, o estudo poderá contribuir na construção de documentos curriculares para o ensino de ciências na proposição de planejamentos futuros. Acerca da pesquisa empírica, observa-se que os professores se empenham e possuem grande interesse em atender necessidades educacionais do contexto dos estudantes do campo, porém estes apontam a insipiência das condições de trabalho, típicas da profissão, falta de arcabouço documental específico, pedagógico e formativo para sua efetividade. Possivelmente, práticas pedagógicas estão sendo encaminhadas de forma simplista, priorizando-se ensino hegemônico como ponto de partida. É necessário ampliar a imersão e inclusão da sociocultura local enquanto arcabouço pedagógico, considerando os pontos de convergência entre ciência e os aspectos socioculturais alinhados a agrobiodiversidade. |