Problemática da Água nos Grandes Centros Urbanos – Estudo de Caso: Cidade de Salvador e Região Metropolitana, Estado da Bahia, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mesquita, Francisco José Gomes
Orientador(a): Cruz, Manoel Jerônimo Moreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21530
Resumo: Os grandes centros urbanos enfrentam hoje grandes desafios para suprir as necessidades de uma população em crescimento constante. Dentre esses desafios, a água é aquele que tem gerado conflitos diversos, destacando-se a questão do abastecimento urbano, que deverá afligir a humanidade ao longo dos próximos 20 anos. Este trabalho tem como principal objetivo analisar a situação do atual modelo de abastecimento de água do município de Salvador e sua Região Metropolitana, propondo formas alternativas de lidar com a questão. Como todos os grandes centros urbanos mundiais, a Região Metropolitana de Salvador (RMS) apresenta problemas e potencialidades que devem ser compreendidas e observadas com a finalidade de dimensionar adequadamente as fontes de abastecimentos para atender a demanda de água. Com o contínuo crescimento populacional e a mudança dos padrões de consumo, a necessidade de gerenciamento adequado dos sistemas de abastecimentos cresce a cada dia. Os recursos hídricos destacam-se entre os temas a serem planejados e discutidos, já que o recurso água é indispensável à vida, estando as águas pluviais como um dos temas de maior interesse, pois recompõem os níveis de água subterrânea e superficial. O atual modelo utilizado para o abastecimento de água da Região Metropolitana de Salvador, previsto para o horizonte 2030, não considera tal premissa, vez que é pautado no eixo central, e praticamente único, a água disponível nos mananciais do Rio Joanes (barragens Joanes-I e Joanes-II), do Rio do Cobre (Barragem do Cobre), do Rio Ipitanga (barragens Ipitanga-I, Ipitanga-II e Ipitanga-III), do Rio Jacuipe (Barragem Santa Helena) e do Rio Paraguaçu (Barragem Pedra do Cavalo) com vazão disponível prevista para o horizonte 2030 de 20,87 m3/s é superior à demanda total de água bruta projetada para 2030 que será de 18,32 m3/s. A partir dos dados e discussões apresentados nesta tese, conclui-se que o modelo de abastecimento urbano da água precisa ser repensado. Esse modelo baseia-se numa distribuição centralizada através de grandes redes que tem elevado custo, tanto na implantação, como na operação e distribuição da água tratada. Sendo que para muitos usos, sequer necessitam da água potável. É preciso também rever a lógica predominante, pela qual se acredita que a solução dos problemas de distribuição virá unicamente através de grandes obras e que o recurso hídrico é apenas a água que corre pelos rios. A captação direta de águas pluviais nas cidades, como fonte suplementar às redes públicas, representa outra alternativa que poderá trazer grandes benefícios à população.