Contando o tempo: transformação, coreografia e modernidade no espetáculo da quadrilha junina em Belém do Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Leal, Eleonora Ferreira
Orientador(a): Silva, Eliana Rodrigues
Banca de defesa: Silva, Eliana Rodrigues, Loureiro, João de Jesus Paes, Silva, Elizabeth Pessôa Gomes da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27100
Resumo: O presente trabalho tem como propósito a investigação das transformações coreográficas da Quadrilha Junina de Belém do Pará, apresentadas desde 1960 à atualidade. A pesquisa trata de um levantamento histórico-descritivo-analítico de abordagem qualitativa para explicar todo o processo de transformação por que passou a Quadrilha neste período. Para isso, traçou-se o percurso histórico das danças de salão na Europa para se chegar à Quadrilha, apresentando, assim, a coreografia original e o seu desdobramento em outras modalidades de danças e de quadrilhas, devido ao seu sucesso no século XVIII e XIX. No Brasil, mostra-se que esta dança passou por várias adaptações em cada região, chegando a ramificar-se em outras modalidades, entre elas a Quadrilha Caipira, considerada como uma dança popular muito apreciada tanto em Belém, como em todo o Pará, até 1960. A partir deste decênio, apresenta-se um panorama das quadrilhas, revelando a evolução coreográfica de quatro décadas, que decorreram com o desejo de inovação e com a influência do contexto político, econômico e sociocultural, decorrente da modernidade que chegava à Amazônia. No processo das modificações coreográficas da quadrilha, desvela-se a criatividade, a importância do coreógrafo, o surgimento das quadrilhas modernas que se tornam espetáculo. As mudanças trazem as questões da tradição e do moderno, assim como a dos concursos de quadrilha. Esta dança chega à atualidade sob uma nova configuração e características que a diferenciam da tradicional, mas sem deixar de conciliar tradição e modernidade. Finalmente, para elucidar a Quadrilha Roceira Moderna, descreve-se a coreografia, de 2003, do grupo Encanto da Juventude, para análise deste espetáculo coreográfico.