Efeitos de espectros de luz no comportamento e desenvolvimento larval do camarão da Malásia, Macrobrachium rosenbergii

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Constantinidis, Cássia Barbosa lattes
Orientador(a): Silva, Rodrigo Fortes da, Araújo, Mariana Cutolo de
Banca de defesa: Silva, Rodrigo Fortes da, Tamashiro, Geovana Dotta, Vetorelli, Michelle Pinheiro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38127
Resumo: Em sistemas de cultivo em ambientes fechados, é essencial fornecer elementos que favoreçam o desenvolvimento de espécies aquícolas. Diante disso, o espectro de luz, pode melhorar o crescimento e aumentar a sobrevivência em diferentes espécies. Foram conduzidos três experimentos com objetivo de investigar os efeitos da luz vermelha, azul, verde, branca e ausência de luz sobre o desenvolvimento larval, ingestão de náuplios de Artemia e preferência de cor de luz em larvas de Macrobrachium rosenbergii. Os resultados do presente estudo demostram influência significativa (p<0,05) no desenvolvimento larval, produtividade, sobrevivência e biomassa final de larvas de M. rosenbergii. Em geral, os resultados inferiores foram dos animais expostos ao regime de ausência de luz e sob a luz vermelha. As larvas de M. rosenbergii, ao final do estudo, apresentaram maior índice de estágio larval e índice de condição larval sob os espectros de luz branco, seguida pela azul e verde. A redução do conteúdo límpido do intestino (condição do hepatopâncreas), a condição do intestino e coloração do corpo foram os principais parâmetros que condicionaram na redução do ICL. No estudo sobre a ingestão de náuplio de Artemia, o menor consumo total de náuplios foi observado sob o regime preto (ausência de luz) (2.065 náuplios), e o maior consumo total foi sob a luz branca (3.998 náuplios). Segundo os resultados, nos estágios II, III, X e XI a cor do ambiente não influenciou a ingestão de náuplios de Artemia (p>0,05), no entanto, entre os estágios larvais IV ao IX houve variação significativa na quantidade de náuplios consumidos, nos quais as larvas consumiram mais náuplios estando sob o efeito das luzes branca, azul e verde, em comparação a luz vermelha e sob a ausência de luz. Em relação a preferência de cor por larvas de M. rosenbergii, foi verificado que no estágio VII os animais preferiram permanecer sob luz branca, independentemente de permanecerem em grupo ou sozinhos. Com a evolução do desenvolvimento (estágio XI), os animais passaram a preferir a luz azul (p<0,05). Em resumo, os resultados sugerem uma interação entre o espectro de luz e o estágio de vida, demonstrando que diferentes ambientes de luz podem afetar o comportamento das larvas de M. rosenbergii. Com base em nossos resultados em condições de laboratório, sugere-se que a luz branca é a mais favorável para a larvicultura de M. rosenbergii e que o efeito da cor da luz é específico da espécie para todos os parâmetros analisados.