Preditores de extubação tardia em pacientes adultos no pós-operatório de cirurgia cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos Júnior, Roberval Prado dos lattes
Orientador(a): Sena, Eduardo Pondé de lattes
Banca de defesa: Sena, Eduardo Pondé de lattes, Novais, Michelli Christina Magalhães lattes, Santos, Juliana Costa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41004
Resumo: Introdução: As doenças cardiovasculares (DCVs) são a principal causa de morbimortalidade em todo o mundo, e a cirurgia cardíaca (CC) é o tratamento indicado em muitas cardiopatias. Durante o procedimento cirúrgico, os pacientes são sedados, anestesiados, acoplados à ventilação mecânica invasiva (VMI) e geralmente submetidos à circulação extracorpórea (CEC). Após à CC, a extubação tardia (ET) e a VMI prolongada são marcadores de curso perioperatório complicado, que predizem maior morbimortalidade. Objetivo: Identificar os fatores que estão associados à ET em pacientes adultos no pós-operatório (PO) de CC. Material e Métodos: Este é um estudo longitudinal e observacional, que triou inicialmente 1200 pacientes submetidos à CC, em um hospital público de referência cardiovascular em Salvador, Bahia, Brasil. Foram incluídos indivíduos maiores de 18 anos, de ambos os sexos, que realizaram CC com uso de CEC, entre o período de fevereiro de 2021 a junho de 2022. Resultados: Foram analisados 1122 pacientes, a média de idade foi 55,6 ± 14,4 anos, com discreta predominância do sexo masculino (51,5%). As comorbidades mais frequentes foram hipertensão arterial sistêmica (59,4%), doença valvar (54,5%), doença arterial coronariana (46,6%), doença reumática (27,7%) e diabetes mellitus (27,2%). No grupo ET, a cirurgia para troca valvar (49,3%) foi a mais frequente, seguida da revascularização do miocárdio (43,7%). Neste grupo, a mediana do tempo de CEC foi 80 minutos, 15 minutos a mais que o grupo extubação precoce (EP). No grupo ET, a mediana do tempo de internação na UTI foi 04 dias, 01 dia a mais que o grupo EP, e a mediana do tempo de internamento hospitalar foi 18 dias, 04 dias a mais que o grupo EP. Houve associação entre ET e os seguintes fatores: idade, doença renal crônica (DRC), hipertensão pulmonar (HP), tempo de CEC e lactato da admissão na unidade de terapia intensiva (UTI). Também houve associação entre extubação tardia, maior tempo de internamento em UTI e maior período de internação hospitalar. Conclusão: Na presente casuística, os preditores de extubação tardia foram: idade, DRC, HP, tempo de CEC e lactato sérico da admissão na UTI. Houve associação entre ET, maior tempo de internamento em UTI e maior período de estadia hospitalar.